Cotidiano

PG recebe prêmio por combater transmissão do HIV de mãe para filho na gestação

Reconhecimento foi entregue durante evento em São Paulo

Da Reportagem

Publicado em 27/10/2023 às 20:26

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Tal reconhecimento se soma ao registro da menor taxa de mortalidade infantil da história do Município em 2023 / Divulgação/PMPG

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Praia Grande ganhou o Prêmio Luiza Matida devido à eliminação da transmissão vertical do HIV (de mãe para filho na gestação). A premiação foi entregue durante a 8ª Semana Paulista de Mobilização Contra a Sífilis e Sífilis Congênita, que aconteceu na quarta-feira (25) em São Paulo. Tal reconhecimento se soma ao registro da menor taxa de mortalidade infantil da história do Município em 2023, evidenciando os bons frutos que estão sendo colhidos nessa área graças ao incessante trabalho desenvolvido pela equipe da Secretaria de Saúde Pública (Sesap) praia-grandense.

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Para receber a premiação, o Município deve estar há pelo menos dois anos sem nenhum caso de criança positiva devido à transmissão vertical. Em Praia Grande, o último caso foi registrado em 2020, por isso, a Cidade foi uma das contempladas pela 5ª edição do Prêmio Luiza Matida. O prêmio é oferecido pelo Programa Estadual de IST/Aids-SP, em parceria com a Atenção Básica e o Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems).

“O Serviço de Atendimento Especializado (SAE) de Praia Grande realiza inúmeros trabalhos de conscientização, bem como ações voltadas às gestantes com HIV, seja no pré-natal, seja no puerpério. A gente conseguiu essa eliminação porque as gestantes que fizeram o pré-natal fizeram o uso de medicação anti-retroviral (TAV) durante a gestação e no periparto, e as crianças também receberam a profilaxia durante os 28 dias de vida, além de todo o acompanhamento feito pelas equipes de saúde do Município”, explica a pediatra Rosane Ferreira Muniz, que atua no SAE e representou Praia Grande na premiação.

SAE

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O SAE é referência em Praia Grande, reunindo médicos, enfermeiros, psicólogos e assistentes sociais especializados em HIV/Aids, hepatites, e infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). O Município conta ainda com o Centro de Testagem, Aconselhamento e Prevenção (CTAP), que disponibiliza o ano todo preservativos e testes rápidos para HIV, sífilis e hepatites B e C gratuitamente, além de encaminhar pacientes para o SAE. Ambos os equipamentos ficam na Rua Cidade de Santos, 89, 1º andar, no Bairro Boqueirão.

Ao longo de todo o ano, a equipe do Programa Municipal de IST/Aids e Hepatites Virais também realiza um trabalho de conscientização e testagem no Município, com ações pontuais e campanhas em vários locais e eventos, como as Sextas Musicais, com distribuição de preservativos masculinos e femininos, materiais informativos e oferta de testes rápidos.

Mortalidade Infantil

Praia Grande tem atualmente o menor índice de mortalidade infantil de sua história. Até setembro, a taxa foi de somente 8,5 mortes para cada mil crianças nascidas vivas. Esses números confirmam a manutenção em patamares inferiores à média histórica que já vinha ocorrendo desde o começo do ano. Esse indicador de apenas um dígito é o menor desde 2006, quando se iniciou a coleta de dados.

Para o secretário de Saúde Pública de Praia Grande, Cleber Suckow Nogueira, o índice evidencia que a Prefeitura não tem medido esforços para aprimorar os serviços de saúde. “Praia Grande conta com uma estrutura diferenciada nas Unidades de Saúde da Família (Usafas), uma rede especializada ampla, além de investimentos recentes na Maternidade do Hospital Irmã Dulce, que propiciam essa redução da mortalidade infantil. Temos também as ações voltadas ao aleitamento materno, como o Posto de Coleta de Leite Humano, com uma extensão no Hospital, que sem dúvida vai salvar ainda mais vidas. Tudo isso com profissionais constantemente capacitados e atuando de forma integrada, garantindo resultados como esse, que seguiremos empenhados em aprimorar cada vez mais”, afirma.

Luiza Matida 

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Médica pediatra, Luiza Matida trabalhou durante 20 anos no Centro de Referência e Treinamento do Programa de IST/Aids-SP, da Secretaria de Estado da Saúde. Ela coordenou campanhas e a implantação de políticas públicas e estratégias para a eliminação da transmissão vertical de HIV e sífilis da mãe para o filho durante todo o processo gestacional. O trabalho dela foi reconhecido como exemplar no Brasil. Falecida em 2014, em sua homenagem o Programa Estadual IST/Aids-SP criou o Prêmio Luiza Matida, destinado aos municípios do Estado de São Paulo que alcançam a meta de eliminação da transmissão vertical de HIV e sífilis.
 

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