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A Polícia Federal (PF), em operação sigilosa deflagrada ontem, por volta das 10 horas, apreendeu computadores e documentos da Companhia de Desenvolvimento de São Vicente (CODESAVI). Segundo informações extraoficiais, os policiais foram buscar indícios de contratos irregulares entre a empresa e três prestadoras de serviços que supostamente teriam ligações com parlamentares.
Os agentes da PF permaneceram por cerca de duas horas na sede da Codesavi – à Rua Padre Anchieta, 462, no Centro da Cidade. Ninguém pode entrar e sair da empresa. Um executivo da estatal teria entregue os documentos exigidos e prestado depoimento a portas fechadas aos policiais. A informação é que ninguém foi preso.
Ainda conforme apurado pela Reportagem, um inquérito aberto em 2013 e que está sob segredo de Justiça seria a base da operação. Uma fonte que preferiu não se identificar revelou que um esquema de funcionários fantasmas, parte deles parentes de policiais, também estaria sendo investigado. O Departamento Jurídico da Codesavi estaria tentando obter informações detalhadas sobre a questão.
A assessoria de Imprensa da Prefeitura informou que a Codesavi está colaborando com a Polícia Federal na apuração de empresas que poderiam ter prestado serviço para a companhia. A Administração confirmou que as demais informações sobre o processo estão protegidas por segredo de justiça. “Mas reiteramos que a Codesavi não é o objeto da investigação”, resumiu.
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Codesavi
Instituída em 1977, a Codesavi é uma Sociedade Anônima de capital fechado, classificada como empresa de economia mista. Possui em seu controle acionário, como acionista majoritário a Prefeitura – detentora de 99,99% de suas ações.
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Operação Navigator
Não foi confirmada se há ou não relação com a Codesavi, mas, também ontem, conforme publicado pela própria Polícia Federal, foi deflagrada na Baixada a operação denominada Navigator, que apura prática de delitos em desfavor da Administração Pública, por parte de servidores, de âmbito federal e municipal. Cerca de 50 policiais foram mobilizados.
Houve cumprimento de 11 mandados de condução coercitiva e 12 mandados de busca e apreensão nas cidades de São Vicente, Peruíbe, Guarujá, Cubatão e Santos. Os interrogatórios dos conduzidos foram realizados na Delegacia de Polícia Federal, em Santos.
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