Cotidiano

Pesquisadores brasileiros encontram fóssil pré-histórico e descobrem novo animal

O fóssil foi encontrado na Formação Snow Hill Island, na Antártica, durante uma expedição do projeto Paleantar

Igor de Paiva

Publicado em 12/08/2025 às 14:50

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

Os pesquisadores estimam que o peixe media entre 8 e 10 centímetros, apresentava cabeça longa, corpo delgado e pequenos espinhos neurais / Revista/Nature

Continua depois da publicidade

Pesquisadores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), em parceria com o Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), descobriram um fóssil de uma nova espécie de peixe pré-histórico na Península Antártica.

O achado foi oficialmente publicado na última segunda-feira (11) na renomada revista científica Nature.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

O exemplar articulado foi batizado de Antarctichthys longipectoralis. Segundo os estudos, seu período de vida corresponde ao Cretáceo, entre 145 e 66 milhões de anos atrás.

O fóssil foi encontrado na Formação Snow Hill Island, na Antártica, durante uma expedição do projeto Paleantar, e é considerado o mais preservado da história.

Continua depois da publicidade

Leia Também

• Esse peixe nasce menor que a ponta do seu dedo, mas depois pesa mais do que seu carro

• Biólogos encontram peixe com olhos de telescópio, capaz de ver no escuro e devorar gigantes

• Conheça o peixe mais barato, mais saudável e com mais ômega 3 que o salmão

Processo da pesquisa

O trabalho de pesquisa durou cinco anos, tendo início com a chegada do fóssil ao Brasil. A etapa final foi a reconstituição tridimensional do exemplar.

A reconstrução do Antarctichthys foi realizada por meio da microtomografia, uma técnica semelhante à tomografia médica, que permite obter imagens internas de objetos usando raios-x, sem danificá-los.

Continua depois da publicidade

A técnica gera projeções em alta resolução, que são integradas digitalmente para reconstruir tomogramas — as “fatias” do objeto em detalhes precisos.

Ao todo, foram produzidos mais de 2 mil tomogramas do fóssil, que serviram de base para modelar o espécime tal como ele era no período Cretáceo.

Os pesquisadores estimam que esse tipo de animais chegavam a media entre 8 e 10 centímetros, apresentava cabeça longa, corpo delgado e pequenos espinhos neurais.

Continua depois da publicidade

Importância da descoberta

Especialistas afirmam que a Antártica é pouco explorada do ponto de vista paleontológico.

No entanto, a região ainda guarda pistas fundamentais sobre a evolução da vida no hemisfério sul e as conexões históricas que moldaram a biodiversidade atual.

Segundo comunicado da UERJ, a pesquisa ressalta a importância da análise de fósseis de fauna e flora como referência para prever como os organismos podem reagir ao aquecimento global atual, contribuindo para o desenvolvimento de estratégias de conservação.

Continua depois da publicidade

*Texto contém informações da Agência Brasil 

TAGS :

Mais Sugestões

Conteúdos Recomendados

©2025 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software