Em resumo, essas bactérias foram encontradas em aves silvestres / Pexels
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Um grupo de pesquisadores brasileiros encontrou clones de bactérias resistentes a antibióticos em um centro de reabilitação no orquidário de Santos, cidade localizada no litoral de São Paulo. A matéria foi publicada originalmente no site da agência Fapesp.
Em resumo, essas bactérias foram encontradas em aves silvestres. As cópias de Escherichia coli têm sido identificadas em infecções humanas e também estão presentes em hospitais de todo o mundo.
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De acordo com os registros, elas estavam presentes no trato intestinal de uma coruja e de um urubu. Ao todo, 49 animais silvestres — mamíferos e aves — tiveram coleta de amostras cloacais ou retais.
A coruja vive há dez anos no local e chegou após uma colisão. Com sequelas neurológicas, ela não pode voltar ao seu ambiente natural. Ainda não se sabe se a bactéria já estava presente quando a ave chegou ou se foi adquirida no próprio orquidário.
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Não é só em animais que a ciência age. Veja também que uma bactéria mortal é encontrada em famosa marca de bacon.
O urubu, por sua vez, já chegou portando a bactéria, que foi identificada na análise inicial realizada antes de entrar nas instalações santistas.
Atualmente, ainda não se sabe quais efeitos a presença da bactéria pode causar nos animais. Em seres humanos, ela é conhecida por provocar infecções em pessoas com o sistema imunológico debilitado. A bactéria se torna particularmente perigosa quando causa infecções do trato urinário, nos rins ou quando entra na corrente sanguínea.
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O estudo foi publicado na revista científica Veterinary Research Communications.
Segundo os pesquisadores, o trabalho evidencia a necessidade de criar protocolos rigorosos para o cuidado de animais em centros de reabilitação.
A preocupação também se estende à possível soltura dessas aves no ambiente natural, pois, em casos de infecções mais graves, há risco de surtos ou problemas maiores de contaminação.
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Até o momento da pesquisa, nenhuma das duas aves apresentou sinais de infecção. A hipótese é que elas conviviam com a bactéria sem adoecer.