Cotidiano

Perita judicial de Mongaguá fala sobre trabalho na área de beleza e estética

Camila Neves é a primeira perita judicial na área de beleza e estética a atuar na Baixada Santista

Nayara Martins

Publicado em 16/06/2025 às 10:50

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Camila atua como perita judicial desde 2024, mas afirma que sua experiência no setor de beleza já vem há 14 anos / Divulgação

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Atuar como perita judicial na área de beleza e estética é uma das novas profissões no mercado de trabalho na Baixada Santista e no País. Uma das profissionais é a empresária e perita judicial Camila Neves, de 35 anos, moradora em Mongaguá, que conta sobre os principais desafios e as exigências para atuar na área de beleza e estética. Ela é a primeira perita a atuar na Baixada Santista nesta área. 

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Camila atua como perita judicial desde 2024, mas afirma que sua experiência no setor de beleza já vem há 14 anos. Também tem formação como enfermeira desde 2010 e, na época de faculdade, atuou em clínica de cirurgia plástica. 

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Como enfermeira ela ainda atua na área de estética e faz procedimentos pós-operatórios de cirurgia plástica e de harmonização facial.  

“Já atuava como empresária, instrutora e especialista na área antes de ingressar no campo pericial, o que me deu uma base sólida e técnica para exercer a função com excelência”, explica.

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Hoje, ela tem uma escola de cursos na área de beleza e estética desde 2018. E ainda possui um salão de beleza e administra um polo de faculdade de ensino a distância em Mongaguá.

Camila esclarece que o trabalho como perita judicial consiste na análise técnica de procedimentos estéticos e os possíveis danos causados, com imparcialidade. 

“Realizo vistorias, escuto as partes envolvidas, avalio documentos e laudos e, ainda, elaboro os pareceres técnicos”, frisa.

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Camila pode atuar em todo o território nacional, conforme a nomeação judicial e a contratação pelas partes, sendo eles advogados, donos de salão, clínicas de estética, seguradoras e até por clientes.

A nomeação como perita é feita pelo juiz responsável pelo processo. A partir da nomeação, ela recebe os autos, faz a análise do caso e realiza as diligências necessárias. Após isso, a perita apresenta um laudo técnico detalhado ao juiz com todas as informações, conclusões e fundamentações necessárias para auxiliar na decisão judicial.

Nova Profissão

Camila esclarece que a função de perita judicial é essencial para oferecer clareza técnica a processos que envolvem os procedimentos estéticos. Diz ainda que essa função de perita judicial na área de beleza é nova.
“Muitas vezes, o juiz e os advogados não possuem o conhecimento técnico necessário para avaliar se houve erro ou algum dano. O laudo pericial garante uma análise especializada, justa e fundamentada”, explica. 

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Segundo Camila, a profissão vem ganhando espaço com o aumento de procedimentos estéticos e, consequentemente, de conflitos judiciais relacionados a esse setor. “Trata-se de uma área em expansão e de grande relevância jurídica e social”, completa.

Formação

Para atuar como perita judicial na área é necessário ter uma formação e experiência comprovada na área de beleza e estética. Além de cursos específicos de capacitação em perícia judicial.

O profissional deve estar inscrito no cadastro de peritos dos Tribunais de Justiça e manter-se constantemente atualizado.

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“A importância de estar atualizada com as novas técnicas e os procedimentos realizados na sociedade, hoje, é de extrema importância para poder avaliar e concluir o parecer de forma correta”, ressalta Camila.

Ela também faz parte do Conselho Nacional dos Profissionais da Beleza (CNPB). E já ganhou uma premiação no Rio de Janeiro e tem certificação internacional.  Camila é casada e tem dois meninos, sendo que o mais novo é autista. 

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