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Cotidiano

Pequenos comerciantes garantem refeição barata no Centro de Santos

Os carrinhos compactos e conhecidos por quem passa por ali oferecem diversos tipos de refeições para agradar quem procura economizar na hora de matar a fome

Vanessa Pimentel

Publicado em 20/11/2017 às 11:02

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Os pequenos comerciantes do Centro de Santos garantem a refeição mais barata / Rodrigo Montaldi/DL

Se a crise é motivo de preocupação para alguns, para outros ela até ajuda. Pelo menos é o que dizem os pequenos comerciantes do centro de Santos. Locados em diferentes pontos, os carrinhos compactos e conhecidos por quem passa por ali oferecem diversos tipos de refeições para agradar quem procura economizar na hora de matar a fome, tem pressa ou ainda se permite uma comidinha mais calórica de vez em quando.

Com o verão chegando, quem se anima é o Arnaldo Félix, vendedor de mate e suco de abacaxi da Praça Mauá. Ele diz que as vendas dobram no calor e a saída chega a 60 copos a mais do que em dias mais frios.

“O pessoal chega em grupos e faz fila para matar a sede. Um copo de 500 ml custa R$5 e tem chorinho. No centro o que sai mais é o suco de abacaxi. Já na praia, o mais procurado é o mate”, explica o vendedor.

Próximo à Praça da República, quem faz sucesso há um ano é Matheus Motta com seu carrinho de pastéis. Com R$6 o cliente pode escolher três recheios e com mais um R$1, ganha borda recheada.

“A gente sente que com a crise não é todo mundo que gasta dinheiro para almoçar, então as refeições rápidas e mais baratas ganham espaço. Com seis reais eu garanto que meu ciente sai satisfeito”, afirma Matheus.

E se engana quem pensa que os optantes deste tipo de refeição são mais jovens. De acordo com o comerciante, a faixa etária varia bastante em sua média diária de 100 clientes. Também de olho no verão, Motta irá oferecer caldo de cana em breve.

As franquias de salgados fritos é outro nicho que também se espalhou pelo centro da cidade. Basta um passeio com olhar mais atento para reparar nesse tipo de empreendimento.

Em uma delas, as placas anunciam quantidades generosas a preços que cabem no bolso. Um copo de 700 ml de bolinha de queijo, por exemplo, sai a R$10, porém, o preço inicial é de R$3 em 200 ml de salgado. Se quiser bebida, pets menores de refrigerantes a R$2 acompanham a refeição.

Outra vantagem que a comerciante da franquia, Karen Pereira alega é o tempo de preparo da refeição: em dois minutos ela garante que o copo cheio de salgadinhos sequinhos está na mão.

“Todo mundo pode comer nossos salgados, até quem tem algum problema no estômago pode porque eles são fritos em óleo de algodão”, explica a comerciante.

Segundo Karen, a média de clientes diários chega a 300 pessoas em faixas etárias diversas que procuram pela refeição rápida na hora do almoço ou no fim da tarde. Para sobremesa, mini churros, açaí ou sorvete de iogurte.

Porém, apesar da procura, Karen afirma que em um ano houve uma queda de 30 a 40% nas vendas das refeições e que dos três funcionários que empregava, só conseguiu manter um.

“Muitas pessoas perderam o emprego e gastos extras são os primeiros a ser cortados. Então comer fora se torna luxo e mesmo que seja uma refeição barata, as pessoas acabam evitando gastos com isso”, analisa.

De pai para filho

Há 13 anos, o carrinho da família Sabino está presente na esquina da rua XV de Novembro com a Augusto Severo, das 6h da manhã às quatro da tarde. O negócio começou com o pai, Gilberto Sabino, mas hoje quem está à frente das vendas é o filho, Gilberto Sabino Júnior.

“Agora meu pai é quem faz os salgados e doces e eu venho vender. Ele prepara durante a madrugada para que fique tudo fresquinho e logo cedo eu estou aqui para atender o pessoal que gosta de tomar nosso café da manhã”, explica Filho.

Os produtos oferecidos são salgados assados a R$2, torta, misto de queijo e presunto e de sobremesa o campeão de vendas: pudim de leite condensado, também pelo mesmo valor.

Para beber tem o requisitado cafezinho, suco natural a R$1 e o refrigerante mais caro não sai por mais que R$3.

“Com certeza dá para comer bem gastando R$5. Nós mantemos a qualidade dos produtos, por isso que o pessoal volta. Por dia a gente atende em torno de 300 clientes”, afirma Gilberto.

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