Peixe pulmonado piramboia-xântica, ou Lepidosiren paradoxa / Museu da Amazônia/Reprodução
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Considerados fósseis vivos e até exemplares avaliados em milhares de dólares têm conquistado a atenção dos presentes na EcoFish Brasil, que movimenta mais de R$ 1 bilhão por ano no setor de aquicultura e pets aquáticos.
Um exemplo foi o caso da piramboia-xântica, que é uma espécie considerada rara, por conta de sua mutação genética.
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O peixe pulmonado piramboia-xântica (Lepidosiren paradoxa), pode custar até US$ 6.000 (R$ 32 mil) pela rede genética que torna único, sem transmitir suas características para futuras gerações.
Em entrevista ao Uol, o ictiólogo Kleber Mathubara, doutorando em Zoologia pela USP, explicou que as piramboias pertencem ao grupo Dipnoi, conhecidos como peixes pulmonados. Seus registros mais antigos datam de cerca de 380 milhões de anos, como mudaram muito pouco de lá para cá são considerados fósseis vivos.
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Além disso, eles respiram ar atmosférico e suas nadadeiras contam com esqueleto que lembra os membros de tetrápodes, como anfíbios e mamíferos.
Porém, sua conservação ainda é um desafio, pois mesmo não estando em risco imediato, esses peixes enfrentam perda de hábitat, pesca e poluição.
Inclusive, ele pode ser visto neste vídeo publicado pelo canal Museu da Amazônia:
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A piramboia, também conhecida como pirarucu-boia, é um peixe de água doce que pode chegar a um metro e pesar até 20 quilos, habitando diferentes bacias hidrográficas da América do Sul.
Segundo Mathubara, eles contam com hábitos carnívoros e se alimentam de restos de moluscos, peixes e outros invertebrados aquáticos.
O xantismo, mutação que altera a produção de melanina e dá ao animal a coloração amarelada, também chama atenção pela raridade. Inclusive, ele destaca que não há vantagem evolutiva nessa condição, já que a falta de pigmentação prejudica a camuflagem e até a seleção de parceiros.
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Pela primeira vez integrada à Pet South America, a terceira edição da EcoFish Brasil aconteceu entre os dias 13 e 15 de agosto, em São Paulo.
O evento reuniu 2 mil m² de exposição com peixes ornamentais, acessórios, eco-esportes e novidades do setor que já soma 22,6 milhões de animais de estimação no Brasil, ficando em quarto lugar entre os pets preferidos.