O pirarucu (Arapaima gigas) está entre os maiores peixes de água doce do mundo / Bernardo Oliveira / Instituto Mamirauá
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Considerado um verdadeiro colosso dos rios sul-americanos, o pirarucu (Arapaima gigas) está entre os maiores peixes de água doce do mundo.
A espécie pode atingir mais de três metros e pesar cerca de 200 quilos, além de possuir a impressionante capacidade de respirar ar atmosférico graças a adaptações em seu sistema respiratório.
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Originário da Amazônia, o peixe também aparece em outras regiões da América do Sul e, nos últimos anos, vem sendo registrado em diferentes estados brasileiros fora de seu habitat natural.
Dotado de crescimento acelerado, rusticidade e boa adaptação a ambientes de cultivo, o pirarucu se tornou uma espécie valorizada na aquicultura.
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Sua carne, conhecida pela textura firme e ausência de espinhas, é um atrativo gastronômico que fez o peixe ganhar o apelido de “bacalhau da Amazônia”.
Até sua pele, resistente e de aspecto exótico, tem conquistado espaço na moda, aparecendo em acessórios de alto padrão.
Apesar de sua origem amazônica, o pirarucu já foi encontrado em rios de São Paulo, Bahia, Minas Gerais e também no Pantanal, tanto em Mato Grosso quanto em Mato Grosso do Sul.
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Esse avanço por diferentes bacias hidrográficas indica que o peixe está se espalhando pelo país, o que tem gerado preocupação ambiental.
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De acordo com a Polícia Militar Ambiental, o pirarucu não possui restrições de peso ou quantidade para pesca em São Paulo.
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A captura é, inclusive, incentivada, pois sua presença representa risco à fauna local. Predador voraz e sem inimigos naturais de grande porte nessas regiões, o peixe pode alterar significativamente o equilíbrio dos ecossistemas onde se instala.
No final de novembro, um exemplo do porte impressionante da espécie chamou atenção no interior paulista.
O pescador Roberto do Carmo, de 53 anos, fisgou um pirarucu de 2,5 metros e 160 quilos no Rio Marinheiro, em Cardoso.
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