Cotidiano

Pegou mal! Humorista é condenado por piada capacitista com integrante de reality

Em um espetáculo de comédia, Marcelo Duque fez uma piada sobre Bianca Sessa, participante da 3ª temporada de 'Casamento às Cegas'

Giovanna Camiotto

Publicado em 14/10/2025 às 17:03

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O comediante fez uma piada indevida em um show de stand-up / Divulgação

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A Justiça de São Paulo condenou o humorista Marcelo Duque a pagar R$ 10 mil de indenização a Bianca Sessa, participante da 3ª temporada do programa "Casamento às Cegas", exibido pela Netflix. As informações são do colunista Rogério Gentile, do Uol.

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A decisão, tomada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo no último dia 11 de outubro, manteve a condenação da primeira instância, mas reduziu o valor da indenização, que originalmente era de R$ 30 mil. Duque ainda pode recorrer da decisão e foi proibido de repetir a piada em seus shows.

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Em 2022, durante um espetáculo de stand-up, o comediante fez uma piada sobre a falta da mão esquerda de Bianca, afirmando: "Ela vai ser uma eterna noiva", em referência ao uso da aliança. O vídeo viralizou nas redes sociais, gerando críticas e a ação judicial.

Bianca alegou que não esperava receber comentários maldosos sobre sua deficiência física. Portadora de uma deficiência congênita, ela classificou a piada como "capacitista e preconceituosa", acrescentando que Duque "debochou de sua deficiência para ganhar dinheiro".

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O humorista, por sua vez, defendeu-se afirmando que a comédia é uma forma de arte que busca provocar o riso por meio de situações bem-humoradas. "Não vemos um ator que interpreta um assassino ser interpelado por ter tirado a vida de um personagem em cena", declarou.

Duque também argumentou que não citou nomes durante a apresentação: "A piada nada mais foi do que uma observação, e esta não foi explanada com pena ou de maneira invasiva. Foi usada com uma distorção cômica, construída através de uma hipérbole, ferramenta da língua portuguesa comumente usada para expressar exagero."

Ele ainda criticou a própria expressão usada pelo reality show, afirmando: "As pessoas usam essa expressão como se o fato de alguém ser cego o impedisse de perceber coisas óbvias e evidentes da realidade. Ou seja, frase completamente capacitista."

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Na decisão, a desembargadora Maria do Carmo Honório destacou: "Ao associar a deficiência física de que padece a autora do processo à incapacidade afetiva (impossibilidade de se casar), o réu trouxe à tona um estigma real vivenciado por pessoas portadoras de deficiência: a ideia de que não seriam plenas em suas relações amorosas."

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