Pedágios variáveis já foram testados em rodovias do Japão e dos Estados Unidos / Pexels/Araf Khan
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Economizar no pedágio em horários de menor movimento pode se tornar uma realidade em rodovias brasileiras. Isso se a ideia da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc) for levada adiante.
A medida pode revolucionar o sistema de concessões e impactar diretamente o cotidiano dos motoristas. Será possível adaptar a viagem aos horários com menor valor de pedágio, contribuindo para melhorar o tráfego das rodovias em horários de pico.
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Em documento apresentado recentemente à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a federação propôs a implementação de pedágios variáveis nas BRs 101 Norte e 116. O objetivo também é buscar melhorias para as rodovias federais de Santa Catarina.
Este modelo de pedágio já foi testado em países como os Estados Unidos e o Japão. Na Flórida, por exemplo, a ponte Midpoint Memorial utiliza um modelo de pedágio variável. Já no Japão, a via expressa Bay AquaLine, que inclui ponte e túnel, também testou a cobrança dinâmica.
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Os resultados nestes países foram considerados positivos, incentivando o trânsito em horários alternativos e, ao mesmo tempo, reduzindo os congestionamentos. Esses modelos internacionais inspiraram a Fiesc a propor um sistema semelhante para as rodovias catarinenses.
Segundo a Fiesc, além de distribuir melhor o tráfego, o modelo de pedágio variável pode garantir tarifas mais justas para os usuários que optarem por viajar em horários de menor demanda.
Seriam duas possíveis abordagens para a cobrança dos pedágios variáveis, segundo a federação. A “Tarifa Programada”, com valores previamente determinados para horários específicos; e a “Tarifa Dinâmica”, que exige tecnologia mais avançada e permite ajustes constantes nos preços, conforme o volume de tráfego em tempo real.
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No momento, o Ministério dos Transportes e a ANTT estão analisando o documento apresentado pela Fiesc. A decisão sobre a adoção desse modelo de pedágio variável ainda depende de aprovações e ajustes legais.
Se implementado, o sistema pode redefinir a forma como as concessões rodoviárias operam no Brasil, oferecendo uma alternativa que, segundo a Fiesc, pode beneficiar tanto motoristas quanto as empresas concessionárias.