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Cotidiano

Pedágio em São Vicente prega não ao primeiro tapa

Movimento lança campanha de combate à violência contra a mulher; grupo vicentino trabalha com o resgate da autoestima feminina

Publicado em 01/06/2016 às 10:50

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Grupo de mulheres distribuiu flores e panfletos para motoristas e pedestres / Divulgação

Diga não ao primeiro tapa. Este é o lema da campanha lançada pelo movimento de mulheres Ponto e Vírgula que, na manhã de ontem (31), realizou pedágio de conscientização na esquina das avenidas Presidente Wilson e Manoel da Nóbrega, no Itararé, em São Vicente. O objetivo é chamar atenção para os casos de violência contra a mulher. Flores e panfletos foram distribuídos para motoristas e ­pedestres.  

“A gente já vinha desenvolvendo um trabalho, mas não direcionado somente para a violência contra a mulher. Hoje, no país, só se fala em protesto e nós decidimos falar de amor. Pedir mais amor, respeito e cumplicidade. Porque a violência não é só física. É moral, psicológica, emocional e destrói a autoestima das mulheres. Muitas mulheres estão presas nesta situação e pensam até na morte”, explicou Érika Cristina Lima, presidente do ­movimento.

O grupo pretende levar a campanha, que já circula nas redes sociais, para outros pontos de São Vicente. “A gente ­pretende ir aos bairros para estar falando de amor com os homens. Às vezes, eles cometem agressão e, pela própria cultura, não entendem que aquilo está causando um impacto negativo nas mulheres. E não é apenas a agressão física. É também a psicológica”, explicou Érika.

A presidente do movimento explicou que o grupo deseja aprofundar o trabalho. “Quem quiser participar da campanha é só acessar nas redes sociais a página ‘Diga não ao primeiro tapa’. Estamos verificando a disponibilidade da venda de camisetas, pois com os recursos que a gente arrecadar vamos montar um Casa Rosa onde possamos expandir essa ­assistência à mulher”, disse Érika.

Caso

A campanha foi idealizada a partir do caso de agressão a uma enfermeira de São Vicente, que foi golpeada com um soco no pescoço em seu apartamento. Os principais suspeitos são o namorado e um pedreiro que realizava obras no condomínio da mulher, no Parque São Vicente. Ela ainda segue internada e sem consciência. O crime ocorreu há dois meses.

Trabalho

Érika destacou que o trabalho desenvolvido pelo movimento Ponto e Vírgula tem o ­objetivo de emponderar as mulheres. Uma vez por mês, na última ­quarta-feira, elas se reúnem na Associação Comercial de São Vicente, às 19h30. O grupo, que existe há cerca de quatro anos, atende gratuitamente cerca de 140 ­mulheres.

“O movimento foi fundado para empoderar as mulheres com terapia em grupo, resgate da autoestima, reeducação alimentar. Realizamos encontros mensais onde levamos uma empresa parceira, uma oportunidade de renda extra e de trabalho, realizamos terapia em grupo e trabalho com a nutricionista. Agora também começamos com as oficinas. Oficinas de pão de mel, de defesa pessoal e customização de roupas”, ressaltou a presidente.

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