Cotidiano

Patrimônios imateriais compõe diversidade cultural da BS

Atualmente há 40 expressões registradas em todo território nacional

Rafaella Martinez

Publicado em 16/10/2017 às 11:30

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Diversos grupos trabalham essa tradição cultural na Baixada Santista / Rodrigo Montaldi/DL

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Formas de expressão, manifestações, saberes e lugares: são muitos os bens imateriais registrados e catalogados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional(Iphan) no Brasil. A reverência às práticas e domínios da vida social que se manifestam em saberes, ofícios e modos de fazer; celebrações; formas de expressão cênicas, plásticas, musicais ou lúdicas; e nos lugares só foi possível a partir do momento em que a Constituição Federal de 1988, em seus artigos 215 e 216, ampliou a noção de patrimônio cultural ao reconhecer a existência de bens que não são apenas físicos.

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Atualmente há 40 expressões registradas em todo território nacional. Exemplos dessas manifestações acontecem na Baixada Santista, tais como o jongo, a capoeira, o maracatu e o teatro de bonecos típico do nordeste. Outras formas de fazer cultural imaterial como a folia de reis e a pesca artesanal também são comuns na região.

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Leia abaixo mais detalhes sobre cada uma dessas manifestações.

Reisado Sergipano

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Manifestação tradicional entre o Natal e o Dia de Reis, O Reisado chegou em Guarujá 1964, trazido da pequena São Cristovão, cidade da região metropolitana de Aracajú. Foi lá que o saudoso mestre Zacarias conheceu e se encantou  com o cortejo de vestes coloridas que desfilava em comemoração ao nascimento do menino Jesus e em homenagem aos Reis Magos.

Em solo guarujaense, o Reisado ganhou novo formato e significado: o sapateado foi marcado pela referência indígena e as apresentações passaram a contar, além dos personagens tradicionais, com a presença de uma índia, uma baiana e uma cigana, representando a diversidade cultural da região. Hoje quem mantém viva a tradição é Edmilsom Epifânio Mendes.

Capoeira

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O Ofício dos Mestres de Capoeira é exercido pelos detentores dos conhecimentos tradicionais dessa manifestação e responsáveis pela transmissão de suas práticas, rituais e herança cultural. Diversos grupos trabalham essa tradição cultural na Baixada Santista.

A Roda de Capoeira também é um elemento estruturante de uma manifestação cultural, espaço e tempo, onde se expressam simultaneamente o canto, o toque dos instrumentos, a dança, os golpes, o jogo, a brincadeira, os símbolos e rituais de herança africana - notadamente banto - recriados no Brasil.

Maracatu de Baque Virado

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Em Santos, a tradição centenária se mescla com a cultura local e ressignifica espaços públicos do Centro Histórico, local de ensaio e sede da Associação Cultural Quiloa, primeiro grupo de Maracatu da Baixada Santista.

Inscrito pelo Iphan, em dezembro de 2014, no Livro de Registro das Formas de Expressão, o Maracatu de Baque Solto é uma expressão cultural e uma brincadeira popular que ocorre durante as comemorações do Carnaval e no período da Páscoa, tendo como personagem central o Caboclo de Lança.

Jongo

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Uma das contempladas pelo prêmio de Boas Práticas de Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil pelo Iphan, a Associação Cultural Zabelê de Cubatão resgata há oito anos a tradição da dança brasileira de origem africana que influenciou na formação do samba.
O Jongo no Sudeste é uma forma de expressão afro-brasileira inscrita no Livro das Formas de Expressão em 2005.

Teatro de bonecos

O Teatro de Bonecos Popular do Nordeste foi inscrito no Livro de Formas de Expressão, em março de 2015 e é considerado como um bem imaterial que envolve a produção de conhecimento criativo, artístico e com uma forte carga de representação teatral.

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A Cia Animalenda, de Itanhaém, mantém viva a tradição do teatro de bonecos. A bonequeira, Kely de Castro, é uma das poucas mulheres no ofício no Brasil.

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