Cotidiano

Santos 473 anos: passado e futuro se encontram nas curvas da Cidade

História de Santos é uma fusão entre desenvolvimento e braços abertos para a sociedade

Rafaella Martinez

Publicado em 26/01/2019 às 07:00

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A cidade tem como principal atrativo os sete quilômetros de praia, acompanhados pelo maior jardim de orla do mundo / Rodrigo Montaldi/DL

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Tradição, modernidade, belezas e aromas compõem a história de uma das melhores cidades para se viver do Brasil. A trajetória de Santos é uma fusão entre desenvolvimento e braços abertos para a sociedade. Fato que já era evidente quando Brás Cubas instalou às margens da baía a Casa de Misericórdia de Todos os Santos para abrigar doentes dos navios que chegavam da metrópole. Foi dessa forma que a vila do Porto de Santos, depois simplesmente Vila de Santos nasceu e cresceu.

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As atividades ligadas ao Porto - o maior da América Latina, com 13 quilômetros de extensão e por onde passa mais de um quarto de todas as cargas que entram e saem do Brasil, configuram como principal fonte de riquezas do município, fazendo de Santos a cidade da Região Metropolitana da Baixada Santista mais importante economicamente e uma das mais ricas do país.

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De um lado a economia pujante, de outro sua vocação para o lazer. A cidade tem como principal atrativo os sete quilômetros de praia, acompanhados pelo maior jardim de orla do mundo - título concedido pelo Guinness Book, o livro dos recordes. Na Orla, Porto e Praia se fundem: imensos navios – muitos deles transatlânticos - rasgam diariamente a paisagem e é difícil encontrar um santista que não tenha dado tchau para os munícipes e turistas que viajam a partir do Concais.

Ainda na beira do mar, o Parque Municipal Roberto Mário Santini - o tradicional Emissário Submarino ou ‘quebra-mar’ é um espaço privilegiado de observação do mar e da orla, local perfeito para apreciar o nascer ou o pôr do sol. No local está intalado um verdadeiro cartão-postal de Santos: a escultura da artista plástica Tomie Ohtake, que pode ser vista de todos os pontos da orla. Ela marca as comemorações dos 100 anos da imigração japonesa no Brasil e foi inaugurada em 2008 pelo imperador japonês Naruhito.

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Em pé de igualdade com os jardins e a praia como um dos principais pontos turísticos e cartões-postais da cidade está o Centro Histórico. Região vizinha ao complexo portuário, o Centro conserva vivo em suas estreitas e charmosas ruas com calçamento de pedra um passado de glórias com um museu em homenagem ao café, que já figurou como principal produto de exportação brasileiro.

A Linha Turística do Bonde oferece uma verdadeira viagem no tempo por 40 pontos de interesse histórico e cultural. São veículos originais, procedentes da Escócia, Portugal e Itália, que garantem a Santos o primeiro Museu Vivo Internacional de Bondes da América Latina.

Já do alto do Monte Serrat – que pode ser acessado pelo tradicional bondinho ou pela escadaria, por onde milhares seguem em procissão no dia da padroeira da cidade – uma vista panorâmica mostra as muitas nuances santistas. Morro, estrada e guindastes: Santos é plural!

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Terra do time que revelou ao mundo o maior Rei do Futebol brasileiro e que por esse motivo abriga dois museus que detém esse legado. No mais antigo, o Memorial das Conquistas do Santos Futebol Clube, é possível conhecer algumas das muitas façanhas incríveis de um time que parou uma guerra, mais marcou gols e é uma reconhecida fábrica de craques do mundo. Já o Museu Pelé, destinado inteiramente ao Rei, está instalado nos antigos Casarões do Valongo e apresenta a incrível trajetória de Edison Arantes do Nascimento. No local, estão expostos centenas de itens do acervo pessoal do ‘Atleta do século XX’.

Para quem tem filhos pequenos, a cidade oferece um vasto cardápio de lazer. O Orquidário Municipal reproduz a Mata Atlântica e conta com cerca de 3.500 orquídeas de 120 espécies, a grande maioria afixada nas árvores. Inaugurado em 1945, é o segundo equipamento público em visitação na cidade, atrás apenas do Aquário.

Por sua vez, o espaço destinado ao mundo marinho encanta gerações há sete décadas. Espaço privilegiado de lazer e conhecimento, o parque é pioneiro em projetos de preservação do mar e de seus habitantes – foi a primeira instituição brasileira a realizar resgate e recuperação dos animais marinhos. O Aquário ocupa uma área de 3.000 m², 2.214 dos quais abertos aos visitantes.

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Já o Jardim Botânico Chico Mendes conta com acervo vivo de mais de 300 espécies vegetais catalogadas, divididas em 20 coleções botânicas, como espécies da Amazônia, da Mata Atlântica, árvores de madeira de lei, palmeto com 65 espécies de palmeiras e espécies em extinção. A diversidade pode ser apreciada em passeio monitorados.

Área Continental

Santos tem se destacado também no turismo de negócios e no ecoturismo, já que quase a totalidade de sua porção continental se mantém preservada, o que a confere importância à preservação do Meio Ambiente como premissa da cidade.

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As origens caiçaras estão presentes na Ilha Diana, um pedaço de terra isolado do mundo urbano. Localizada na confluência do Rio Diana com o Canal de Bertioga, ao lado do Rio Jurubatuba, a ilha situa-se na área continental de Santos e abriga 200 pessoas - e todos se conhecem.

Mais para o continente, o ponto alto do roteiro turístico é a cachoeira do Cabuçu, com cerca de 10 metros de altura, que desce sobre enorme rocha, verdadeiro escorregador, e forma uma grande piscina natural. No caminho para chegar a ela, é preciso atravessar córregos de águas cristalinas.

A fazenda é uma referência histórica para a Baixada Santista. No período de colonização, o lugar serviu de abrigo à Companhia de Jesus, que ali montou um posto de catequese para os índios. Na primeira metade do século passado, a região foi ­ocupada por grandes plantações de banana, cuja produção era transportada por vagonetes até as proximidades do Rio Cabuçu, e dali, por meio de barcos, até o Mercado Municipal.

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