Terceira fase do projeto BAAU foi oficializada / Renan Lousada/DL
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Marcando o Dia da Biodiversidade, o Projeto Banco de Alimentos e Agricultura Urbana (BAAU) iniciou uma nova fase. Nesta quinta-feira (22), foi apresentada a parceria entre o BAAU e as organizações apoiadas, CEC Dr. Luiz Monteiro de Barros e Comunidade que Sustenta a Agricultura (CSA) Acerola Santos, que, a partir de agora, irão trabalhar em conjunto por uma conscientização socioambiental.
“Nós temos que mudar a nossa forma de viver nas cidades, temos que integrar a agricultura no ambiente urbano”, destaca Renato Prado, coordenador do projeto BAAU, que desenvolve essas ações no combate à emergência climática e à insegurança alimentar, com foco em organizações comunitárias de Santos. A iniciativa já passou por outras duas fases com o patrocínio da Autoridade Portuária de Santos (APS), que continua nesta terceira.
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Celebrando as novas parcerias e organizações apoiadas, o evento ocorreu na Estação da Cidadania de Santos e contou com uma degustação de receitas de jaca feitas pela chefe de gastronomia, Cris Loseski, que serviu pratos feitos com tudo o que pode ser aproveitado da fruta, como geleia de jaca, escondidinho de ‘carne de jaca’ com batata-doce e petiscos de jaca, ressaltando a importância da variedade de refeições que apenas uma fruta é capaz de promover com seu aproveitamento integral.
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A agricultura urbana é uma das principais realizações do projeto, e para contribuir com isto, a parceria com a CSA Acerola Santos é fundamental. Localizada na Chácara Nagahama, no bairro do Saboó, a Comunidade promove o plantio no sistema orgânico agroecológico. “Estamos preocupados com a boa alimentação e com a saúde, mas não é só isso, também nos preocupamos com o meio ambiente e o planeta”, disse Humberto Kishikene, coordenador das ações na chácara.
A Chácara Nagahama pertence a família de Humberto há 115 anos, mas, apenas há 8 anos, o local se tornou parte do projeto CSA. “Foram preservadas lá as nascentes, as árvores frutíferas, lá nós temos bananeira, pé de cajamanga, de acerola, de cacau, de abacate, de jaca. Lá nós cultivamos as verduras tradicionais também, como couve, alface, almeirão, salsa, cebolinha. Cultivamos as PANC também, que são as Plantas Alimentícias Não Convencionais, com bastantes nutrientes também e bem resistentes ao clima e ao solo”, comenta.
Nesta fase do BAAU, 20% da produção na chácara será doada para as ações de cozinha solidária do CEC Dr. Luiz Monteiro de Barros.
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Para a organização CEC Dr. Luiz Monteiro, que aderiu ao movimento ODS Santos 2030, a parceria significa uma oportunidade de expandir as ações da organização, voltada para vários segmentos vulneráveis da sociedade. “Estamos tentando implantar algumas atividades voltadas pra sustentabilidade. E aí o projeto BAAU vai agregar o apoio nesta temática”, comenta Carmelita Rodrigues, representante da organização.
Com finalidade solidária, o CEC realiza atividades com várias frentes de ações, como uma república de idosos, para ajudar aqueles que não têm vínculos familiares e baixa renda. Para as crianças, o projeto ‘Criando Asas’ ofereceu atividades de reforço escolar, balé, aulas de violão, entre outras. Também oferecem diariamente café da manhã para moradores do bairro Vila Nova, em Santos.
“A gente espera ter alimentos mais saudáveis pra oferecer para as crianças e para os idosos. Também fazer atividade de horta com as crianças, que é uma vontade nossa. A gente não tinha ninguém para nos apoiar nisso. E agora o projeto vem com essa possibilidade de atender as nossas demandas”, ressalta Carmelita.
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As duas etapas iniciais do projeto BAAU foram desenvolvidas em apoio à organizações do bairro Jardim São Manoel, e viabilizaram potencializar as ações das Sementes das Palafitas, cozinha solidária, e da Horta Comunitária Bons Frutos.
Prado espera que os impactos sejam mais uma vez positivos. “O nosso objetivo é que tenham mais hortas nas escolas, nas praças, nos espaços inocupados, que tenha mais cuidado, mais compostagem de resíduos orgânicos. Menos geração de lixo, que gera gás metano, é nocivo pro meio ambiente, e que tenha mais olhar sobre o alimento pra gente se alimentar melhor, entendendo também a importância da educação alimentar”, destacou o coordenador.
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