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No Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado ontem, o prefeito de Santos João Paulo Tavares Papa, anunciou juntamente com representantes da Sabesp, o início do Programa ‘Canal Limpo’ que tem por objetivo manter as praias balneáveis durante o ano todo. As operações iniciaram no quarteirão da escola Olga Cury, nas ruas Alexandre Fleming e Antenor Bué, no bairro Aparecida, na tarde de ontem.
O programa ‘Canal Limpo’ consiste na eliminação de ligações clandestinas de esgoto, reparos da rede coletora de esgoto, limpeza e desassoreamento das galerias pluviais. Para isso está sendo implantado um sistema de alta tecnologia para monitoramento e identificação dos problemas nas redes de esgoto e de drenagem de água pluvial.
“Estamos usando aqui na Baixada Santista o que tem de mais avançado em tecnologia. O objetivo desse programa é a balneabilidade da praia. Então, esse programa vai despoluir os canais”, afirmou o diretor de Sistemas Regionais da Sabesp, Umberto Cidade Semeghini.
Segundo ele, “em Santos há redes de esgoto clandestinas ligadas às galerias pluviais, despejando esgoto nos canais. A operação nas galerias é de responsabilidade da Prefeitura e a operação na rede esgoto é de responsabilidade da Sabesp. Só um trabalho conjunto entre Prefeitura e Sabesp conseguiria solucionar esse problema”.
Para a execução dos trabalhos serão usados equipamentos móveis com câmeras de monitoramento que serão introduzidos através dos postos de visita — localizados no meio da rua no asfalto —, que dão acesso às redes de esgoto. As imagens captadas serão acompanhadas por um circuito de televisão.
Já o desassoreamento e a limpeza das redes e estações elevatórias serão feitos com equipamentos para hidrojateamento de alta pressão e sucção a alto vácuo para remoção de resíduos. “A Prefeitura vai fazer a limpeza de fundo dos canais, e a Sabesp vai fazer esse monitoramento para identificar as infiltrações indevidas”.
A Sabesp está investindo R$ 9 milhões para realizar as operações nos 22,5 quilômetros dos 19 canais de Santos. O convênio entre Município e Estado tem prazo de 24 meses, mas as ações continuarão. “No primeiro ano já teremos resultados bastante significativos”, estimou Semeghini.
“Esse programa vai realizar uma inspeção completa da rede de esgoto e de toda a rede de drenagem e vai permitir a eliminação de falhas. São essas falhas que acabam produzindo o lançamento indevido, não clandestino, de esgoto nos canais. E é esse esgoto que acaba comprometendo a balneabilidade das praias. A balneabilidade das praias é essencial para a saúde, para o meio ambiente e para a economia da Cidade, através do turismo”, afirmou o prefeito Papa.
“Esse trabalho tem data começar, mas não tem data para terminar. Teremos três frentes de trabalho em dois anos de contrato, mas vamos criar outras frentes para o monitoramento permanente da rede de drenagem e rede de esgoto. Esse trabalho não terá fim”, declarou o prefeito, complementando que sua perspectiva é manter as praias limpas durante o ano todo.
Segundo o superintendente da Unidade de Negócios da Baixada Santista da Sabesp, Joaquim Hornink Filho, o cronograma de ações prioriza regiões mais poluídas. “Iniciaremos pelo Canal 4, partiremos para o Canal 5, e depois para o Canal 3. A abrangência será em todos os canais, mas partiremos desses canais, onde acreditamos que haja impacto maior de carga poluidora”.
“Programas como o Canal Limpo e o Onda Limpa são fundamentais para o saneamento do Município. Para que as praias sejam despoluídas e fiquem limpas nos 365 dias do ano”, declarou o presidente da Sabesp, Gesner Oliveira, durante inspeção no bairro Aparecida.
Fiscalização
Segundo o secretário municipal de Meio Ambiente, Flávio Rodrigues Corrêa, o proprietário do imóvel que fez a ligação clandestina de esgoto na galeria pluvial está sujeito a multa de R$ 500 caso não regularize a situação em até dez dias. Em caso de reincidência a multa passa a ser de R$ 1 mil.
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