24 de Abril de 2024 • 02:50
Cotidiano
Segundo um morador, que prefere não se identificar, os eventos deste tipo tiveram início no final do mês de junho e atraem centenas de pessoas em época de pandemia
Baile funk vem sendo realizado toda sexta-feira, a partir das 22h30, na Rua Caminho São Jorge / Reprodução
Um baile funk vem sendo realizado toda sexta-feira, a partir das 22h30, na Rua Caminho São Jorge, em frente à Rua das Pedras, na Caneleira, em Santos, e vem tirando a paz de moradores de ao menos outros dois bairros próximos. Segundo um morador, que prefere não se identificar, os eventos deste tipo tiveram início no final do mês de junho e geram aglomeração, pois atraem centenas de pessoas em época de pandemia.
Ele relata que o pancadão tem início após a chegada de dois paredões de som, que ficam instalados na caçamba de um carro, e a música alta segue até às 7h de sábado.
"Estamos em pandemia, não tinham que estar fazendo baile. O barulho pode ser ouvido a quilômetros de distância", afirma.
Segundo o morador, diversos moradores da Caneleira e de outros bairros próximos acionam a Polícia Militar, mas nada é feito e o baile segue normalmente.
"A gente liga toda sexta-feira na madrugada. Todos os vizinhos aqui ligam, pessoal da Areia Branca e Vila São Jorge também está sempre ligando. Uma moradora daqui disse que viu duas viaturas passarem pelo baile e irem embora", afirmou.
Além disso, ele revelou que questionou a Guarda Municipal de Santos e que foi informado de que os agentes públicos "não podem acionar a PM, pois seria necessária uma operação para acabar com o baile funk".
"Já liguei até para a corregedoria da Policia Militar. É um descaso em tempo de pandemia. O som é muito alto, ninguém consegue dormir. Meus pais moram aqui desde 2004 e nunca houve isso. Entramos também com duas denúncias no Ministério Público. Não é possível que ninguém possa ajudar a gente", desabafa.
Prefeitura de Santos
Em nota, a Prefeitura de Santos afirma que a Guarda Civil Municipal (GCM) informa que não recebeu denúncia sobre o referido evento. A Administração Municipal disse ainda que ocorrências de grandes aglomerações (bailes funk, eventos ao ar livre etc.) são de responsabilidade da Polícia Militar , que deve ser acionada pelo telefone 190. A GCM que presta apoio sempre que solicitada pelas autoridades policiais.
Polícia Militar
Em nota, o Sexto Batalhão de Polícia Militar do Interior, responsável pelo policiamento em Santos, informou que realiza de forma constante 'Operações de Paz e Proteção', que tem a finalidade de ocupar previamente locais onde serão realizados bailes funks ou outros tipos de eventos que causem aglomerações de pessoas em vias públicas. "Esclarecemos que na sexta feira, 23, a Operação Paz e Proteção foi realizada no Morro do São Bento e no sábado, dia 24, no Jardim São Manoel, onde foi possível coibir a realização de eventos não permitidos".
Com relação a denúncia do munícipe feita à Reportagem, a PM esclarece que repassou "à Seção de Planejamento Operacional para realização de operações futuras, visando a preservação da ordem, integridade física e respeito às liberdades e direitos individuais".
Confira a nota completa:
"O Sexto Batalhão de Polícia Militar do Interior responsável pelo policiamento no município de Santos realiza de forma constante “Operações Paz e Proteção” que tem a finalidade de ocupar previamente locais onde serão realizados bailes funks ou outros tipos de eventos que causem aglomerações de pessoas em vias públicas.
Também é solicitado o apoio de outros órgãos, como Guarda Municipal, CET, SEFIN para que as medidas administrativas sejam tomadas através de fiscalizações administrativas, com relação ao não cumprimento de normas e ao código de posturas municipais.
Esclarecemos que na sexta feira, 23, a Operação Paz e Proteção foi realizada no Morro do São Bento e no sábado, dia 24, no Jardim São Manoel, onde foi possível coibir a realização de eventos não permitidos similares ao constante na demanda desse órgão de imprensa.
Cabe ressaltar que a citada operação visa que a Polícia Militar ocupe previamente o local, evitando que as pessoas se instalem na via, por isso as ações preventivas são planejadas com antecedência com bases em denúncias e informações através de divulgações dos eventos na internet pelos organizadores ou outros meios como por exemplos denúncias e também de verificação de ocorrências com aglomeração de pessoas em datas anteriores.
Esclarecemos o fato trazido por esse órgão de imprensa foi repassado à Seção de Planejamento Operacional para realização de operações futuras, visando a preservação da ordem, integridade física e respeito às liberdades e direitos individuais, a fim de impedir e controlar atos de incivilidades e paralelamente continuaremos a apoiar os órgãos estaduais e municipais e também a Polícia Civil para que através de investigações apure quem são os organizadores e patrocinadores de tais eventos, responsabilizando-os criminalmente se for o caso.
A Polícia Militar entende a problemática das pessoas não frequentadoras que residem nos locais onde os eventos não autorizados acontecem, não concordando com a realização dos bailes funks ou outros tipos de festas que causam tantos transtornos para as pessoas e afirma que mantém estreito contato com outras secretarias e órgãos públicos para a resolução conjunta de problemas para a adoção de medidas mais efetivas para a questão que garanta uma atuação respaldada na legalidade e na resolução de conflitos.
A Polícia Militar reforça que é de extrema importância a ajuda da comunidade com informações através o disque denúncia, telefone 181, não precisando se identificar ou deve ser comunicada à Polícia Militar através do telefone de emergência 190".
Santos
O preço, portanto, permanecerá em R$ 5,25, valor que vigora desde fevereiro do ano passado
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