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Serafina Rosa Raimunda da Silva, de 59 anos, morreu às 14h15 de ontem, vítima de câncer de pele, na Santa Casa de Misericórdia de Santos, uma semana após ser transferida do Hospital Santo Amaro, de Guarujá.
A paciente, acometida pela doença já em estado avançado e internada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), só conseguiu transferência por meio de ordem judicial, após três meses de internação sem receber tratamento adequado no HSA, segundo sua família. O corpo de Serafina será enterrado hoje no Cemitério da Saudade, no bairro da Vila Júlia, em Guarujá. O horário não foi informado pela família.
A filha de Serafina, Maria Lenilda da Silva, disse que o estado de saúde de sua mãe se agravou na quarta-feira. “Não tinha mais muito o que fazer, a doença já estava em estágio bem avançado. Ontem ela entrou em coma e faleceu hoje às 14h15”. Serafina era viúva e deixa cinco filhos. O jornal Diário do Litoral acompanhou o drama de Serafina, contando sua história, na semana passada.
A transferência
Com Serafina internada há três meses, e sem que o Hospital Santo Amaro atendesse ao pedido de transferência, a família teve que apelar à Justiça. A Associação Santamarense de Beneficência, mantenedora do HSA, providenciou a remoção de Serafina, no último dia 21, após ser intimada no mesmo dia, pelo juiz da 3ª Vara Cível de Guarujá, Gustavo Gonçalves Alvarez, que determinou prazo de 24 horas.
Serafina foi internada em fevereiro no HSA sem tratamento adequado segundo queixas de sua família, que também não recebia informações sobre o real estado de saúde dela. Em entrevista concedida ao DL, a sobrinha de Serafina, Antonia Maria de Oliveira, disse que ela foi internada no HSA, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), com uma ferida no rosto, provocada pela doença. Mas, a ferida evoluiu rapidamente e já se espalhou pelo rosto de Serafina.
Segundo nota no HSA enviada ao DL na quarta-feira, médicos que assistiam à paciente não chegavam a um acordo sobre a realização de uma cirurgia para a retirada do tumor do rosto de Serafina.
A liminar concedida pelo juiz foi em deferimento à ação judicial movida pelos advogados que representam a paciente, obrigando o HSA e a Prefeitura de Guarujá a transferi-la para o Hospital do Câncer, em São Paulo, ou para a Santa Casa de Santos.
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