Estudos indicam que o camu-camu pode conter entre 1.600 e 3.000 miligramas de vitamina C a cada 100 gramas, um valor excepcional / Divulgação/ Fapeam
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Pouco conhecida fora da região Norte do Brasil, uma fruta amazônica vem ganhando espaço no noticiário internacional de saúde e nutrição. O camu-camu, nativo das florestas de várzea da Amazônia, é apontado por pesquisadores como a fruta com maior concentração de vitamina C do planeta, superando com folga fontes tradicionais como laranja, limão e até a acerola.
Estudos indicam que o camu-camu pode conter entre 1.600 e 3.000 miligramas de vitamina C a cada 100 gramas, um valor excepcional que explica o crescente interesse da indústria de suplementos, alimentos funcionais e cosméticos naturais.
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A vitamina C é essencial para o bom funcionamento do sistema imunológico, atuando na prevenção de infecções, no combate a gripes e no fortalecimento das defesas naturais do organismo. No camu-camu, essa concentração elevada potencializa ainda mais seus efeitos.
Além disso, o nutriente é fundamental para a produção de colágeno, proteína responsável pela firmeza da pele, pela saúde das articulações e pela regeneração dos tecidos. Por isso, a fruta também vem sendo associada à prevenção do envelhecimento precoce.
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Outro destaque do camu-camu é sua riqueza em antioxidantes, como antocianinas e beta-caroteno. Essas substâncias combatem os radicais livres, moléculas associadas ao envelhecimento celular e ao desenvolvimento de doenças crônicas.
O consumo regular da fruta pode contribuir para a redução do risco de doenças cardiovasculares, auxiliar no controle da diabetes tipo 2 e ajudar na proteção contra certos tipos de câncer, segundo pesquisas que avaliam seu potencial antioxidante e anti-inflamatório.
Pesquisas recentes indicam que o camu-camu pode ir além dos benefícios físicos. A vitamina C está associada à redução dos níveis de cortisol, conhecido como o hormônio do estresse, o que pode favorecer uma sensação de bem-estar e equilíbrio emocional.
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Os antioxidantes presentes na fruta também ajudam a proteger o cérebro contra danos oxidativos, colaborando para a manutenção da saúde cognitiva ao longo do tempo.
Conhecido cientificamente como Myrciaria dubia, o camu-camu é uma fruta pequena, geralmente com até 10 gramas, de formato arredondado ou oval e coloração que varia do vermelho-escuro ao roxo. Sua polpa é extremamente ácida e adstringente, característica que dificulta o consumo in natura.
Além da vitamina C, o camu-camu oferece potássio, cálcio, aminoácidos, proteínas e compostos bioativos importantes para o metabolismo e a saúde cardiovascular.
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Devido ao sabor muito ácido, o camu-camu raramente é consumido cru. A forma mais comum de consumo é por meio de sucos, vitaminas, sorvetes, geleias, compotas e licores. Nos últimos anos, a fruta também passou a ser amplamente comercializada em pó ou cápsulas, facilitando sua inclusão em iogurtes, bebidas e receitas doces.
Especialistas destacam que o consumo regular do camu-camu, aliado a uma dieta equilibrada e hábitos saudáveis, pode trazer benefícios significativos à saúde e ao bem-estar.
Considerado por muitos como um verdadeiro “ouro da Amazônia”, o camu-camu representa não apenas uma riqueza nutricional, mas também uma oportunidade de valorização da biodiversidade brasileira. Seu potencial econômico cresce à medida que o mundo busca alternativas naturais para fortalecer a saúde, reforçando a importância da conservação da floresta e do uso sustentável de seus recursos.
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Enquanto ganha espaço nas prateleiras e nas pesquisas científicas, o camu-camu reafirma o papel da Amazônia como um dos maiores celeiros de alimentos funcionais do planeta.