Cotidiano
Com mais de 2 mil agentes, a megaofensiva já superou o Jacarézinho em números de vítimas fatais; outros dados surpreendem
A dimensão da letalidade supera a tristemente conhecida operação do Jacarézinho / Reprodução/Agência Brasil
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O Rio de Janeiro vivenciou nesta terça-feira (28) um marco trágico em sua crônica de violência urbana. A "Operação Contenção", deflagrada pelas forças de segurança nos Complexos do Alemão e da Penha, não apenas cumpriu o objetivo de mobilizar um efetivo massivo, mas também se consolidou como a ação policial mais letal de toda a história do Estado.
Os números iniciais da operação são dramáticos e reescrevem o patamar de confronto no Rio. Até o último balanço, a ação resultou em 64 mortes, sendo a grande maioria suspeitos de crimes, além de quatro policiais (dois civis e dois militares do BOPE) que perderam a vida em combate. A dimensão da letalidade supera a tristemente conhecida operação do Jacarézinho, de 2021, que havia registrado 28 óbitos.
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Em termos de mobilização, o Governo do Estado confirmou que a ação, que visa conter a expansão territorial da facção criminosa Comando Vermelho (CV) e prender lideranças, é a maior em 15 anos.
Foi um total de 2.500 policiais civis e militares foi colocado nas ruas, apoiado por farto arsenal tecnológico e bélico, incluindo drones, helicópteros e 32 blindados. Os resultados operacionais da ofensiva indicam a magnitude do arsenal combatido.
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Além dos mortos em confronto, a polícia contabilizou 81 pessoas presas, e um número expressivo de apreensões, com mais de 75 fuzis retirados de circulação, evidenciando o poder de fogo dos grupos criminosos.
O reflexo da violência se espalhou por toda a capital. Em retaliação à investida policial, a facção criminosa ordenou o fechamento de importantes vias e recorreu à tática de roubar mais de 50 ônibus para utilizá-los como barricadas, obrigando o município a declarar estágio de atenção e paralisando serviços essenciais em diversas áreas.
A escala sem precedentes da operação coloca em evidência a escalada do confronto no Rio e levanta questões urgentes sobre a estratégia de segurança pública adotada pelo estado. Os números devem subir durante as próximas horas.
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