Cotidiano

Obras do canal não começaram em Itanhaém

Moradores estão preocupados com as constantes enchentes causadas pelas chuvas de verão.

Nayara Martins

Publicado em 09/11/2019 às 08:03

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Mato alto no Rio do Poço é outra preocupação dos moradores. / NAYARA MARTINS/DIÁRIO DO LITORAL

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Moradores do bairro Cibratel I, de Itanhaém, cobram as obras de construção do primeiro canal extravasor na Avenida São Paulo, que ainda não iniciaram. Apesar de a Prefeitura ter anunciado, em junho deste ano, que a construção seria realizada no segundo semestre, o início da obra ainda não saiu do papel.

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Com a proximidade do verão, os moradores da Avenida São Paulo estão bastante preocupados com os constantes alagamentos provocados pelas fortes chuvas. O canal é apontado pela Administração como uma medida efetiva para resolver o problema.

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Na opinião da presidente da Sociedade Amigos do Cibratel (Socibra), Maria Josephina Batholomei Carvalho, o canal extravasor pode melhorar o problema das enchentes, mas não vai resolver. "Na hora em que a maré sobe e com as chuvas, a água volta, e na Avenida São Paulo os alagamentos são constantes, não se passa". E completa "toda a região abaixo da linha férrea, no sentido da estrada, fica inundada com as chuvas mais fortes".

O aposentado Edson Luiz Cioffi, que mora na avenida desde 2017, já enfrentou várias vezes as enchentes. "No ano passado, houve duas fortes enchentes no mês de março, e as águas das chuvas entraram mais de dez centímetros dentro de casa. Nossa esperança é que o canal solucione o problema". Ao comprar a residência, ele nem imaginava que iria enfrentar essa situação. "Já pensei até em vender a casa, não temos nem a ligação da rede de esgoto".

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Para o aposentado Angelino Oliveira Barbosa, morador da região há 16 anos, o canal seria uma solução para evitar as enchentes. "A prefeitura deve aumentar ainda a altura das pontes no Rio do Poço, tanto na do Belas Artes, como na Avenida São Paulo, para dar mais vazão às águas das chuvas. Além de fazer a limpeza e a roçada do mato no rio", observa.

CANAL

O primeiro local a ser construído o canal será a Avenida São Paulo, segundo a prefeitura, por receber as águas das chuvas acumuladas vindas dos bairros Belas Artes, Jardim Corumbá, Cibratel I e II, o que acaba provocando as cheias no Rio do Poço. O investimento para a obra é de cerca de R$ 10 milhões, com verba obtida por meio de um financiamento junto à Caixa Econômica Federal.

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Em paralelo ao canal, está prevista a reconstrução de uma nova ponte sobre o Rio do Poço, na Avenida dos Fundadores, no bairro Belas Artes, para dar mais vazão às aguas. A obra também ainda não foi iniciada.

A extensão total do primeiro canal na Avenida São Paulo será de cerca de um quilômetro. E contará com seis aduelas de concreto, com 11 metros de largura cada. Por meio dessas aduelas que sairão do Rio do Poço com a avenida e mais seis comportas que as águas pluviais serão levadas ao mar.

No projeto técnico estão previstos a construção de mais cinco canais extravasores nas avenidas São Paulo (Cibrtatel I), Tamoios (Balnéario Tupy), Europa (Santa Júlia), Julinha (Jardim Regina), e Brasil (Cibratel 2), todas no sentido do bairro Gaivota.

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LICENÇA AMBIENTAL

Conforme a prefeitura de Itanhaém, o primeiro canal extravasor está em fase final de licitação. E que assim que estiver finalizada a licitação e a licença ambiental for liberada pela Cetesb, a obra será iniciada.

Já quanto à obra para a reconstrução de uma nova ponte sobre o Rio do Poço, a Administração Municipal explica que está aguardando a liberação de um convênio com o Governo Estadual para licitar a obra da ponte na Rua dos Fundadores, no Belas Artes. Os serviços de limpeza no Rio do Poço estão programados para o início de dezembro.

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A Sabesp informou que está realizando a 2ª etapa do Programa Onda Limpa, com investimentos de cerca de R$ 40 milhões em obras para ampliar o sistema de esgotamento sanitário em várias ruas, inclusive a Avenida São Paulo, dos bairros Cibratel 2, Jardim Corumbá e Belas Artes, no município. Nos próximos três anos serão 27,5 km de novas redes coletoras, além da construção de duas estações para bombeamento dos esgotos, que irão conectar 3,6 mil imóveis às redes.

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