Cotidiano

Obras de contenção do avanço do mar em vila do litoral entram em fase final

Vila vem sofrendo com o avanço do mar e a mudança da foz; situação já atingiu uma rua e agora ameaça casas de moradores

Márcio Ribeiro, de Peruíbe para o Diário do Litoral

Publicado em 16/09/2025 às 19:00

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Região agora tem um grande cordão de pedras, que modificou a paisagem / Márcio Ribeiro/DL

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As obras emergenciais para conter o avanço do mar em Barra do Una, em Peruíbe, no litoral sul do Estado, já estão em fase final. Quem for até lá vai ver um grande cordão de pedras, além de enormes bancos de areia na foz do rio, que modificaram bastante a paisagem.

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A ação faz parte dos esforços do Governo de São Paulo para mitigar os efeitos da erosão costeira que ameaça a comunidade tradicional e compromete a vegetação de restinga na região.

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A vila vem sofrendo com o avanço do mar e a mudança da foz, que já atingiram a rua que dá acesso ao rio e ameaçam algumas casas de moradores. Desde então, a comunidade, prefeitura e Estado somam esforços para tentar resolver o problema.

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A barreira de enrocamento feita pela SP Águas (Agência de Águas de São Paulo), vinculada à Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística de São Paulo (Semil), possui 260 metros de extensão e é formada por pedras de grandes dimensões, com algumas pesando até uma tonelada.

Para a execução de tal ação, foram necessárias melhorias na estrada de acesso à comunidade, como o nivelamento do perfil da estrada, reforço dos acostamentos e compactação do solo, para permitir o tráfego seguro de veículos pesados responsáveis pelo transporte das pedras e equipamentos necessários para a execução da obra.

Essa melhoria na estrada foi alvo de reclamação de moradores e turistas, que tiveram que passar com os seus carros em trechos tomados por pedras grandes, pontudas e postas de qualquer jeito.

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A secretária estadual de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende, em vistoria das obras feita no final do mês passado, disse que a prioridade é garantir que os trabalhos avancem com a celeridade necessária e que atendam às necessidades das famílias que vivem na Barra do Una.

“Nossa prioridade é proteger vidas e preservar o ecossistema, dentro de uma estratégia de adaptação às mudanças climáticas que o Estado de São Paulo vem implementando de forma pioneira”, disse ela.

Próximas etapas

De acordo com o Estado, as próximas etapas incluem a conclusão do enrocamento, estudos de ações para readequação da foz do Rio Una e o monitoramento contínuo da área para avaliação de soluções complementares que reduzam riscos futuros e fortaleçam a resiliência da região.

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Barreira tem 260 metros de extensão e é formada por pedras que chegam a pesar até uma toneladaBarreira tem 260 metros de extensão e é formada por pedras que chegam a pesar até uma tonelada/DL

Paralelamente, está em elaboração, junto ao Conselho Deliberativo da Reserva de Desenvolvimento Sustentável da Barra do Una e com a participação da comunidade, do poder público e de pesquisadores, um Plano Comunitário de Adaptação à Erosão Costeira. Este plano definirá diretrizes e ações permanentes para o enfrentamento sustentável do problema, integrando estudos técnicos e a experiência prática acumulada no local.

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Segundo pesquisadores, as causas da erosão costeira na Barra do Una tiveram como fator principal a migração da desembocadura do Rio Una do Prelado para o norte, lembrando que barras de rios são dinâmicas e estão em constante mudança.

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Além disso, a ocorrência de eventos climáticos extremos nos últimos anos tem intensificado o processo erosivo em um extenso trecho da praia. Na Barra do Una também são estudadas as melhores medidas para restaurar a condição natural de escoamento do Rio Una, que foi alterado pelas mudanças climáticas.

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