Obra no PS preocupa pais de alunos de escola no Macuco

A reforma do PS da Zona Leste, no Macuco, em Santos, está tirando o sono de muitos pais de alunos da Escola Estadual Suetônio Bittencourt Jr. Eles temem que os tapumes instalados e a falta de iluminação favoreça a ação de criminosos no entorno do local.

“Não fomos informados de absolutamente nada. Começamos a notar a movimentação e a instalação dos alicerces e quando fomos perguntar para os trabalhadores da obra fomos informados que a demolição deve começar nos próximos dias”, afirma a diretora substituta Márcia Fátima.

De acordo com ela, a preocupação é geral no que diz respeito à segurança física e responsabilidade no caso de acidentes. “Estamos de mãos atadas. Pela legislação, a escola é responsável até 100 metros. E se um tapume desse cai na criança, quem é responsável, uma vez que a obra é da Prefeitura e a escola do Estado? Simplesmente resolveram fazer, fecharam e não comunicaram nada”, destacou.

No atual projeto arquitetônico, a Escola Suetônio ficará nos fundos da nova Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Como o traçado prevê o uso da Praça Visconde de Ouro Preto, os tapumes avançam até o local, que também é porta de entrada e saída dos alunos da unidade de ensino. Provisoriamente, alicerces estão sendo montados no entorno, permitindo apenas a passagem dos estudantes por meio de um ‘corredor’.

A unidade de ensino atende 315 alunos do 6º ao 9º ano, em período integral, das 8h às 16h40. No período noturno, a escola também tem alunos matriculados no ensino médio.

O Diário do Litoral esteve na unidade na semana passada e escutou críticas dos pais e responsáveis. “É um absurdo. Com a obra, a escola ficará por, no mínimo, um ano e meio escondida no meio de tapumes. Quem vai garantir a segurança dos nossos filhos? Simplesmente isolaram um ‘corredor da morte’ e os alunos que corram riscos ali enquanto a obra avança, se é que vai avançar”, criticou José Marcos Cortiço, pai de um estudante do 6º ano do ensino fundamental.

Opinião semelhante é a de Lilian Nunes, mãe de uma aluna do 6º ano. “É uma maquiagem. Antes de demolir uma unidade de saúde e subir outra é preciso cuidar do que tem lá dentro. Sempre falta médico e as condições são precárias no PS da Zona Leste. Mudar daqui não vai adiantar nada. Os alunos vão precisar sair na rua, que é passagem de caminhões. É um risco enorme”, destacou.

Prefeitura diz que escola foi informada

Questionada sobre as reclamações, a Prefeitura de Santos informou que a Guarda Municipal irá prestar apoio às polícias em rondas pelo local.

Sobre os tapumes, disse que os mesmos foram colocados no entorno do PS da Zona Leste visando garantir a segurança de todos os munícipes para execução da obra da UPA da Zona Leste.

A Administração afirma que a medida da equipe técnica da Prefeitura foi tomada em consenso com a diretoria da Escola Estadual Suetônio Bittencourt. Destacou ainda que está providenciando medidas para garantir a segurança de quem transita pelo local, como a poda de árvores do entorno e melhorias na iluminação.