Cotidiano

O que tirar o tênis sem desamarrar revela sobre você, segundo a psicologia

Hábito comum ao chegar em casa pode indicar mente acelerada, ansiedade acumulada e até afetar a saúde do calçado

Ana Clara Durazzo

Publicado em 24/11/2025 às 12:30

Atualizado em 24/11/2025 às 12:37

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Segundo psicólogos, quem vive nesse 'modo acelerado' mantém o corpo em estado de alerta mesmo em situações simples, como chegar em casa no fim do dia / ImageFX

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Chegar em casa, jogar-se no sofá e tirar o tênis usando a ponta do outro pé, sem sequer tocar no cadarço, é um gesto comum para milhões de pessoas. Mas, segundo especialistas em comportamento e saúde mental, esse hábito aparentemente inofensivo pode dizer muito sobre o ritmo acelerado em que vivemos e até sobre como o corpo responde ao estresse diário.

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O gesto automático e a ‘doença da pressa’

Pesquisas em psicologia comportamental apontam que atitudes como comer rápido, responder antes de alguém terminar a frase, atravessar a rua antes do sinal abrir e até tirar o tênis sem desamarrar fazem parte do fenômeno chamado síndrome da pressa — um padrão marcado pela sensação constante de urgência.

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Segundo psicólogos, quem vive nesse 'modo acelerado' mantém o corpo em estado de alerta mesmo em situações simples, como chegar em casa no fim do dia.

Assim, tirar o tênis de forma automática não fala sobre falta de cuidado, mas sim sobre:

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ansiedade acumulada,

impaciência,

dificuldade em desacelerar,

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e uma mente sempre buscando eficiência — mesmo quando não há necessidade.

É como se o cérebro ainda estivesse 'no trânsito', mesmo já sentado no sofá.

Mais do que comportamento: hábito pode deformar o calçado

Ortopedistas alertam que esse hábito também traz consequências físicas. Ao forçar o calcanhar para sair do tênis, o contraforte — parte rígida que dá sustentação ao calcanhar — dobra e perde estabilidade. Resultado:

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deformação do calçado,

menor suporte ao caminhar,

desconforto na corrida,

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risco maior de dor nos pés e tornozelos.

Ou seja: além de ser um gesto automático, pode custar caro ao seu tênis (e aos seus pés).

O que a psicologia diz sobre quem faz isso

De acordo com especialistas, esse gesto repetitivo pode ter dois significados principais:

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1. Mente acelerada

Pessoas que fazem isso com frequência tendem a:

buscar rapidez em tudo,

sentir culpa ao parar,

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querer resolver tarefas o mais rápido possível,

ter dificuldade de “desligar” quando chegam em casa.

2. Ritual de descompressão

Para outros, porém, o gesto pode simbolizar o oposto:

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um sinal de relaxamento, quase um 'cheguei, acabou o dia'.

Nesse caso, o movimento funciona como uma espécie de alívio mental — uma forma automática de sinalizar que a rotina ficou do lado de fora da porta.

Precisamos desacelerar: pequenas pausas fazem diferença

Especialistas em saúde mental recomendam criar micro-rituais para quebrar esse ciclo de urgência:

respirar fundo antes de tirar o tênis,

desligar o celular alguns minutos antes de dormir,

caminhar sem pressa,

preparar o jantar devagar, ouvindo música.

Estudos mostram que poucos minutos diários de desaceleração já melhoram:

humor,

qualidade do sono,

concentração,

e sensação geral de bem-estar.

Afinal, muitos dos nossos hábitos — inclusive o de tirar o tênis sem desamarrar — acontecem no 'piloto automático'. E perceber isso é o primeiro passo para recuperar o controle do próprio ritmo.

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