Segundo psicólogos, quem vive nesse 'modo acelerado' mantém o corpo em estado de alerta mesmo em situações simples, como chegar em casa no fim do dia / ImageFX
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Chegar em casa, jogar-se no sofá e tirar o tênis usando a ponta do outro pé, sem sequer tocar no cadarço, é um gesto comum para milhões de pessoas. Mas, segundo especialistas em comportamento e saúde mental, esse hábito aparentemente inofensivo pode dizer muito sobre o ritmo acelerado em que vivemos e até sobre como o corpo responde ao estresse diário.
Pesquisas em psicologia comportamental apontam que atitudes como comer rápido, responder antes de alguém terminar a frase, atravessar a rua antes do sinal abrir e até tirar o tênis sem desamarrar fazem parte do fenômeno chamado síndrome da pressa — um padrão marcado pela sensação constante de urgência.
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Segundo psicólogos, quem vive nesse 'modo acelerado' mantém o corpo em estado de alerta mesmo em situações simples, como chegar em casa no fim do dia.
Assim, tirar o tênis de forma automática não fala sobre falta de cuidado, mas sim sobre:
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ansiedade acumulada,
impaciência,
dificuldade em desacelerar,
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e uma mente sempre buscando eficiência — mesmo quando não há necessidade.
É como se o cérebro ainda estivesse 'no trânsito', mesmo já sentado no sofá.
Ortopedistas alertam que esse hábito também traz consequências físicas. Ao forçar o calcanhar para sair do tênis, o contraforte — parte rígida que dá sustentação ao calcanhar — dobra e perde estabilidade. Resultado:
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deformação do calçado,
menor suporte ao caminhar,
desconforto na corrida,
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risco maior de dor nos pés e tornozelos.
Ou seja: além de ser um gesto automático, pode custar caro ao seu tênis (e aos seus pés).
De acordo com especialistas, esse gesto repetitivo pode ter dois significados principais:
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Pessoas que fazem isso com frequência tendem a:
buscar rapidez em tudo,
sentir culpa ao parar,
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querer resolver tarefas o mais rápido possível,
ter dificuldade de “desligar” quando chegam em casa.
Para outros, porém, o gesto pode simbolizar o oposto:
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um sinal de relaxamento, quase um 'cheguei, acabou o dia'.
Nesse caso, o movimento funciona como uma espécie de alívio mental — uma forma automática de sinalizar que a rotina ficou do lado de fora da porta.
respirar fundo antes de tirar o tênis,
desligar o celular alguns minutos antes de dormir,
caminhar sem pressa,
preparar o jantar devagar, ouvindo música.
humor,
qualidade do sono,
concentração,
e sensação geral de bem-estar.
Afinal, muitos dos nossos hábitos — inclusive o de tirar o tênis sem desamarrar — acontecem no 'piloto automático'. E perceber isso é o primeiro passo para recuperar o controle do próprio ritmo.