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Malú admira as margaridas trabalhando nas ruas da Cidade. / NAIR BUENO/DIÁRIO DO LITORAL

Ela se chama Maria Lúcia Cordeiro, tem 58 anos, é formada em Processos Gerenciais e tem um objetivo: trabalhar na varrição urbana de Santos pela Terracom.

Malú, como é conhecida, afirma que tem verdadeira obsessão por limpeza e admira muito o trabalho das mulheres que, debaixo de sol e chuva, se empenham em deixar a cidade limpa. "Meu grande sonho é ser varredora".

Malú salienta que, sem descuidar das tarefas nem perder o equilíbrio, as trabalhadoras sempre encontram um jeito de retribuir com sorrisos ou acenos o carinho das pessoas, que percebem o trabalho essencial que elas prestam à sociedade.

"Eu trabalho em faxina, mas gosto de vê-las nas ruas. Tenho esse sonho a alguns anos e gostaria de concretizá-lo. Acho bonito e gratificante o trabalho. É uma glória contribuir para a limpeza pública de nossa cidade", afirma.

Malú mora na Avenida São Francisco, no Centro. Ela afirma que já mandou currículo à Terracom e até entregou um para uma trabalhadora que cuidava da limpeza, momento que aguçou ainda mais a vontade de ser uma delas.

"Eu não me importo de trabalhar sob sol e chuva. Vou exercer a função com gosto e muita vontade. Já trabalhei em hospital e acordava bem cedo. Também trabalho à noite. Não tenho problemas com horários. Não tenho filhos pequenos e sou solteira", afirma à Reportagem, como se estivesse participando de uma entrevista na própria Terracom.

Perguntada se ela acredita que o serviço das trabalhadoras é bem feito, não perde tempo: "Sim, se eu pudesse trabalhar com elas, me empenharia muito para ficar perfeito", finaliza.

 

 

NÃO É FÁCIL

Não importa o tempo. A rotina das trabalhadoras da varrição urbana começa cedo. O serviço é essencial, assim como a dos homens que tiram das ruas o lixo urbano. Uniformizadas, com vassouras, carrinhos e sacos plásticos - muitas vezes amarrados na cintura, 220 varredoras percorrem as ruas diariamente na varrição, limpeza e conservação das vias públicas.

Não tem quem não perceba a educação e a vaidade dessas batalhadoras. E não poderia ser diferente. Como todas as mulheres, elas são multifacetárias - executam várias funções ao mesmo tempo. Portanto, apesar do trabalho braçal, arrumam um tempo para a maquiagem e outros afazeres. Com certeza, cansaço não faz parte do vocabulário das trabalhadoras.

MARGARIDAS

Segundo a Terracom, as margaridas, como são chamadas em Santos, trabalham em três turnos distintos, de segunda à sábado. Elas ganham o piso da categoria, acrescido de todos os adicionais legais e recebem todos os benefícios decorrentes da Convenção Coletiva de Trabalho (CLT).

Para conseguir uma vaga, conforme almeja Malú, é necessário ter o Primeiro Grau completo. Atendendo ao critério, o candidato deve enviar currículo através do site da empresa (www.terracom.com.br) ou entregar pessoalmente em uma das unidades de negócios.

"Assim como boa parte dos trabalhos operacionais, a função de margarida também requer alguns cuidados na execução das tarefas. Por conta disso, todos os nossos colaboradores passam por uma integração ao ingressar na empresa. Na ocasião, um profissional especializado explica todos os procedimentos necessários, bem como as normas e cuidados a serem tomados", informa a empresa via Assessoria.

A Terracom finaliza explicando que além das variações climáticas, calçadas danificadas de Santos atrapalham muito o trabalho das guerreiras.

"Por outro lado, a relação com a população é ótima. Elas têm muito carisma. É uma relação de amizade e cordialidade que pode ser evidenciada pelo 'bom dia' ou pelos 'sorrisos' que recebem e retribuem carinhosamente. As pessoas olham para elas com respeito e admiração por deixarem a cidade sempre limpa", completa a empresa.

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