Cotidiano

O lugar onde quase não cabe mais ninguém: cidade tem 13 mil por quilômetro quadrado

Mesmo colada à capital paulista e sem espaço para crescer, o município segue expandindo e lidera o ranking de densidade demográfica do país

Luana Fernandes Domingos

Publicado em 05/10/2025 às 19:00

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Levantamento do IBGE mostra que Taboão da Serra tinha, à época do Censo, 273.542 moradores / Reprodução/Wikipedia

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Taboão da Serra é oficialmente a cidade mais “apertada” do Brasil. Segundo o Censo 2022, o município da Grande São Paulo concentra 13.416,81 habitantes por quilômetro quadrado em um território de apenas 20,38 km².

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O número consolida a liderança nacional em densidade demográfica, superando polos urbanos historicamente compactos como Diadema (SP) e São João de Meriti (RJ).

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O levantamento do IBGE mostra que Taboão da Serra tinha, à época do Censo, 273.542 moradores, número que deve chegar a 285.307 em 2025, de acordo com projeções oficiais.

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Mesmo com o território limitado, a cidade continua crescendo, impulsionada pela conurbação direta com a capital paulista e pela verticalização ao longo dos eixos viários.

Em comparação, Diadema apresenta densidade de 12.795,69 habitantes por km², e São João de Meriti, 12.521,64. Na média nacional, o Brasil tem 23,86 habitantes por quilômetro quadrado, o que reforça o contraste extremo do adensamento taboanense.

A posição geográfica explica parte do fenômeno. Taboão da Serra faz divisa imediata com bairros da zona sul de São Paulo, num cenário urbano praticamente contínuo, onde fronteiras municipais se tornam quase invisíveis.

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Essa integração metropolitana estimula a ocupação intensa do solo e pressiona o planejamento urbano.

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De acordo com o perfil municipal do Cidades@, do IBGE, o município apresenta taxa de escolarização de 98,55% entre crianças de 6 a 14 anos e Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) de 0,769.

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Esses indicadores refletem uma estrutura social consolidada, ainda que em espaço físico reduzido.

Ao lado de Taboão, outras cidades densas como Diadema e São João de Meriti compartilham desafios semelhantes — mobilidade saturada, escassez de áreas livres, alta demanda por moradia e pressão sobre a infraestrutura.

Mesmo assim, Taboão segue como o caso mais extremo de compactação urbana no Brasil contemporâneo.

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Conheça mais sobre a cidade no canal Cidades & Cia, no Youtube:

Com crescimento contínuo e poucos quilômetros separando realidades sociais e territoriais opostas, o município é hoje o retrato mais evidente da ocupação intensiva do espaço metropolitano no país.

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