Cotidiano
Criado há mais de 70 anos, o copo americano nasceu de um molde importado e virou símbolo dos bares, das padarias e do jeito brasileiro de viver
Copo americano foi criado em 1947, pela empresa Nadir Figueiredo / Divulgação
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Poucos objetos representam tão bem o Brasil quanto o copo americano. Presente em padarias, botecos e cozinhas de todo o país, ele é usado para tudo — do café preto da manhã à cerveja gelada do fim do expediente.
Por trás de seu design simples e resistente, há uma história de inovação e identidade nacional.
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O copo americano foi criado em 1947, pela empresa Nadir Figueiredo, que havia importado dos Estados Unidos o molde original de uma máquina de vidro. Daí veio o nome “americano”.
Mas o sucesso foi inteiramente brasileiro: a adaptação do design e o preço acessível fizeram dele um sucesso imediato nas mesas e balcões do país.
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Símbolo da praticidade e da cultura popular, o copo atravessou fronteiras. Em 2009, ele foi reconhecido pelo Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA) como um exemplo de design atemporal e funcional.
O que começou como um item de baixo custo se transformou em ícone global, representando o equilíbrio entre forma, função e afeto.
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Mais do que um utensílio, o copo americano é um personagem da vida cotidiana. Está presente nas feiras, nas padarias e nos botecos de esquina, acompanhando histórias, risadas e tradições.
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Cada brasileiro tem uma lembrança com ele — um café servido no balcão, um suco na infância, ou uma cerveja compartilhada entre amigos.
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O modelo mais tradicional tem 190 ml, mas há versões que vão de 50 ml a 320 ml. Suas ondulações verticais ajudam na pegada e reforçam o vidro, tornando-o mais durável.
É simples, empilhável e praticamente indestrutível — um verdadeiro exemplo de design funcional, que nunca saiu de moda.
1. O nome não é tão americano assim: O molde veio dos Estados Unidos, mas o copo foi redesenhado no Brasil, ganhando proporções e resistência típicas do gosto nacional.
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2. É peça de museu: Desde 2009, o copo americano faz parte da coleção permanente do MoMA, em Nova York.
3. O mais vendido do país: Estima-se que mais de 6 bilhões de unidades já foram produzidas pela Nadir Figueiredo desde sua criação.
4. Tem até apelidos: É conhecido como “copo de padoca”, “copo de boteco” e até “copo de caipirinha”.
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5. Clássico pop: Já apareceu em novelas, comerciais e exposições de arte, consolidando seu status de ícone cultural brasileiro.
Talvez o segredo do copo americano esteja na sua humildade elegante. Ele nunca quis ser mais do que é — um copo simples, acessível e presente em todos os momentos.
Mas, sem perceber, virou um dos maiores símbolos do Brasil real: aquele que se revela no cotidiano, nas conversas de balcão e nos goles que contam histórias.
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