Cotidiano

O Arte no Dique foi contemplado com um projeto em frente parlamentar; entenda

Frente Parlamentar da Alesp anunciou selecionados pelo edital de emendas no valor de R$ 1 milhão

Da Reportagem

Publicado em 05/12/2024 às 13:40

Atualizado em 05/12/2024 às 14:07

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Os valores dos projetos selecionados que vão dividir o recurso de R$ 1 milhão / Divulgação

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Na última reunião do ano promovida pela Frente Parlamentar da Cannabis Medicinal e do Cânhamo Industrial da Alesp, que ocorreu hoje (5), no plenário Dom Pedro I reuniu os participantes do edital de emendas lançado em agosto deste ano.  O projeto Arte no Dique foi contemplado.

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Os valores dos projetos selecionados que vão dividir o recurso de R$ 1 milhão variam de R$ 50.000,00 a R$ 284.428,00.

A audiência foi conduzida pelo coordenador da Frente, o deputado estadual Caio França (PSB). Também participaram o vice-coordenador, deputado estadual Eduardo Suplicy e o presidente do Instituto Ficus, Bruno Pegoraro.

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Os vencedores são: Associação da Casa dos Deficientes de Ermelino Matarazzo (ACDEM), Associação Panamericana de Medicina Canabinoide (APMC), Associação Cultural Recreativa Esportiva Bloco do Beco, Instituto Adesaf, Instituto Arte no Dique, Instituto Fashion Revolution Brasil, Instituto Sophia Vercelli e Unesp de Botucatu (Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia).

Após o anúncio, os conselheiros que realizam a análise e seleção dos projetos do edital justificaram as escolhas e os selecionados também puderam apresentar brevemente suas iniciativas, projetos e pesquisas. 

A ACDEM apresentou o projeto Centro de Atendimento Integral em Saúde- Democratização do uso terapêutico da Cannabis Sativa no valor de R$ 184.000,00. 

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Em parceria com a Associação Terapêutica Cannabis Medicinal Flor da Vida, uma organização da sociedade civil que atua na democratização do acesso à cannabis medicinal para mais de 15 mil famílias em todo o Brasil, o projeto propõe fortalecer a saúde de pessoas em situação de vulnerabilidade social por meio de um atendimento integrado e humanizado com uso da medicina canábica. 

Já a APMC, selecionada com o projeto: Avaliação de biomarcadores de turnover ósseo, polimorfismos de CB2 E TRPV1 como potenciais dados preventivos na osteoporose e percepção da melhora na qualidade de vida em mulheres com dor crônica tratadas com Cannabis Medicinal, vai analisar o potencial dos canabinoides no tratamento da osteoporose, uma condição comum e debilitante em idosos, com prevalência de 80% em mulheres após a menopausa.

O estudo sugere a hipótese de que a modulação do sistema endocanabinoide pode ajudar a prevenir a degradação óssea, promovendo uma melhor densidade mineral óssea, reduzindo o risco de fraturas. O valor apresentado foi de R$ 284.428,00.

A Associação Cultural Recreativa Esportiva Bloco do Beco apresentou um documentário em longa-metragem que tem como propósito informar o público brasileiro sobre as diversas propriedades medicinais e terapêuticas que a cannabis sativa oferece e os benefícios que os diferentes usos da planta podem proporcionar, tendo como ponto de partida a história do Padre Ticão, que durante anos prestou assistência psicológica e social a comunidades carentes em Ermelino Matarazzo, na zona leste de São Paulo, proporcionando o uso medicinal da cannabis e uma série de informações de qualidade a respeito do assunto. O recurso solicitado foi de R$ 92.000,00.

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O Instituto Adesaf, de São Vicente, selecionado com o projeto: TECNABIS - Tecnologia e Melhoramento Para Inovação De Produtos à Base de Cannabis Medicinal solicitou recursos no valor de R$ 50.000,00 para aquisição de equipamentos visando o melhoramento tecnológico e o desenvolvimento de novos produtos farmacêuticos baseados em plantas medicinais.

 Com isso, a entidade pretende ampliar a capacidade de atendimento às populações mais desfavorecidas e oferecer um tratamento mais acessível e completo. 

Já o Instituto Arte no Dique, localizado no Dique da Vila Gilda, em Santos, maior favela de palafitas do Brasil, desenvolverá o projeto: Ação comunitária e documentário audiovisual sobre acesso ao CBD via SUS para a comunidade do Dique da Vila Gilda em Santos/SP no valor de R$ 145.672,00.

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A ideia é implementar uma ação comunitária educativa sobre acesso ao CBD via SUS para a comunidade e realizar um documentário que mostre a história de pacientes que conseguiram acesso ao tratamento com canabidiol por meio da Lei Estadual 17.618/23.

Para debater o cânhamo industrial, o Instituto Fashion Revolution Brasil, realizará um Seminário sobre Cânhamo Têxtil e foi contemplado com R$ 69.900,00. A proposta é aprofundar o diálogo sobre a produção de cânhamo têxtil no Brasil, trazendo pesquisadores brasileiros e internacionais para compartilhar sua experiência e conhecimento.

O Instituto Sophia Vercelli, selecionado com o projeto: Intervenções socioeducativas para popularização da terapia canabinoide na reabilitação de crianças com atraso no neurodesenvolvimento, quer desenvolver um projeto socioeducativo para popularização do conhecimento sobre a terapia canabinoide com a finalidade de orientar famílias de pacientes com indicação ao tratamento, contribuindo para o prognóstico de crianças e adolescentes com quadros de atraso no neurodesenvolvimento ou neurodivergência. O aporte solicitado foi de R$ 74.000,00.

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E por fim, a Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Unesp de Botucatu selecionada com o projeto: Efeitos terapêuticos do Canabidiol em cães com síndrome da disfunção cognitiva, quer avaliar a eficácia do óleo de Cannabis Full spectrum no tratamento dos sinais clínicos neurológicos e comportamentais relacionados à síndrome da disfunção cognitiva canina. O projeto tem custo de R$ 100.000,00.

O coordenador da Frente, Caio França, fez um balanço das atividades da Frente durante o ano e fez questão de destacar as principais conquistas da pauta durante o ano. 

“Além da distribuição via SUS Paulista da cannabis medicinal para três tipos de epilepsias de difícil controle, houve a descriminalização do porte e uso de pequenas quantidades de maconha, a reintegração da cannabis medicinal à farmacopeia brasileira após 84 anos, a decisão histórica do STJ autorizando o cultivo de cânhamo para fins farmacêuticos e industriais, a autorização pela Anvisa de prescrição de cannabis medicinal por médicos veterinários, e tantas outras”, reforçou o parlamentar.

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