Cotidiano

Número de pinguins mortos no litoral de SP já passa de 700; veja os possíveis motivos

De acordo com o IPeC, os encalhes de pinguins ainda seguem acontecendo e números podem subir

Gabriel Fernandes

Publicado em 22/08/2025 às 16:04

Atualizado em 22/08/2025 às 16:07

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Antes de encalhar, esses animais estavam em sua rotina normal: nadando longas distâncias pelo alto mar em busca de pequenos peixes, lulas e crustáceos / IPec/ Divulgação

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Passou para 739 o número de pinguins-de-magalhães (Spheniscus magellanicus) encontrados mortos em Cananéia, Iguape e Ilha Comprida (SP), segundo o Instituto de Pesquisas Cananéia (IPeC).

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Esse número corresponde aos pinguins encontrados de sexta-feira (15) até a última quinta-feira (21). Inicialmente, a entidade informou que mais de 350 pinguins encalharam no trecho de Ilha Comprida (SP), em balanço divulgado na terça-feira (19).

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Encalhes

De acordo com o IPeC, os encalhes de pinguins ainda seguem acontecendo. Os animais são recolhidos durante a atuação do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS).

Um novo balanço deve ser realizado nesta sexta-feira (22) para contabilizar os animais recém-recolhidos.

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Em entrevista ao G1, o biólogo Alex Ribeiro destacou que os encalhes podem estar relacionados à juventude dos animais, que, por conta da falta de coloração, podem se tratar de jovens.

Segundo ele, por ser também a primeira viagem, eles não estão muito bem orientados e acabam se perdendo. Além disso, pontuou que os animais podem ter se aproximado demais das praias, ficando à deriva no mar e sem alimentos.

Outro fator que também pode ter auxiliado na proximidade deles da costa é a influência humana, principalmente se os animais estão sujos de óleo ou se ingeriram lixo de alguma forma.

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Causas

Os pinguins-de-magalhães podem mergulhar até 50 metros de profundidade, além de possuírem uma glândula que ajuda a eliminar o excesso de sal do corpo.

No entanto, durante o período de migração, eles costumam ficar muito desidratados ou enfraquecidos, o que faz com que acabem encalhando nas praias.

Agregado a isso, há as dificuldades naturais, a interferência humana e a interação com redes de pesca, que contribuem para esse cenário.

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Além disso, o contato com plásticos, produtos derivados de petróleo e derramamentos de óleo prejudica a natação e a manutenção da temperatura corporal, podendo causar hipotermia e desidratação.

Monitoramento constante

O IPeC segue acompanhando e registrando ocorrências nas praias de Iguape, Ilha Comprida e Cananéia pelo Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS).

Quem encontrar algum animal debilitado deve entrar em contato imediatamente pelos telefones (13) 3851-1779, 0800 642 3341 ou pelo WhatsApp (13) 99691-7851.

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