A concessionária Enel atribui a oscilação à complexidade dos trechos mais afetados pelas chuvas / Pexels
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A chuva que voltou a atingir a Grande São Paulo nesta sexta-feira (12) agravou o quadro de apagões provocado pelo ciclone extratropical da última quarta (10). Segundo a Enel, o número de clientes sem energia subiu de 633 mil para 648,9 mil entre 14h17 e 15h32, cerca de 7,63% de toda a área de concessão.
Na capital, 475.097 imóveis permanecem no escuro (8,18% da cidade). A concessionária atribui a oscilação à complexidade dos trechos mais afetados, que exigem reconstrução completa da rede, agora prejudicada por um novo período de instabilidade.
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O Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) alerta para pancadas de chuva, raios e rajadas de vento ao longo do dia, aumentando o risco de novos alagamentos e quedas de árvores sobre estruturas já fragilizadas.
Na Grande São Paulo, Juquitiba registra o cenário mais crítico, com 39,48% do município sem luz. Também enfrentam apagões maciços Embu das Artes (22,43%), Embu-Guaçu (20,57%) e Itapecerica da Serra (18,02%). Entre os grandes municípios, São Bernardo do Campo soma 21.954 desligamentos, seguido por Cotia (20.152), Santo André (12.197) e Osasco (8.070).
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Embora o ciclone já esteja se afastando pelo Atlântico, uma nova frente de instabilidade vinda do Paraguai preocupa meteorologistas. A Climatempo alerta para volumes que podem superar a média de todo dezembro em apenas três dias, ampliando riscos de enxurradas e deslizamentos. O Inmet mantém alerta de “perigo potencial” especialmente na bacia do Rio Paranapanema.
O abastecimento de água também segue afetado na capital e na região metropolitana devido à falta de energia em sistemas de bombeamento. Segundo a Sabesp, áreas como Parelheiros, Vila Romana e Parque do Carmo continuam prejudicadas. Em municípios como Guarulhos, Francisco Morato e Caieiras, a recuperação depende da estabilidade da rede elétrica, que pode levar até 48 horas após o religamento.