Cotidiano
Novo valor representa reajuste de 6,9% e passa a valer a partir de janeiro, impactando quase 60 milhões de brasileiros
Reajuste representa 6,9% sobre o mínimo vigente, considerando a inflação medida até novembro / Jose Cruz/Agência Brasil
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O salário mínimo nacional será de R$ 1.621 em 2026, segundo confirmação do Ministério do Planejamento e Orçamento. O valor atual é de R$ 1.518, o que significa um aumento nominal de R$ 103. O novo piso passa a valer a partir de janeiro do próximo ano.
O reajuste representa 6,9% sobre o mínimo vigente, considerando a inflação medida até novembro pelo INPC e aplicando a regra de ganho real limitada a 2,5%, estabelecida no novo arcabouço fiscal.
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Apesar de o PIB de 2024 ter avançado 3,4%, o governo não pode ultrapassar o teto de aumento real — mesmo com crescimento econômico superior ao limite permitido. A restrição foi aprovada em 2024, dentro da política permanente de reajuste do salário mínimo.
A correção segue três parâmetros principais:
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• INPC (inflação): garante preservação do poder de compra
• Crescimento do PIB: pode gerar ganho real, desde que respeitado o limite de 2,5%
• Regra de reajuste pós-2025: impede impacto fiscal acima do teto definido
Veja também: Salário mínimo: confira quanto foi o valor do reajuste em 2025
Cada R$ 1 de aumento no salário mínimo adiciona aproximadamente R$ 420 milhões às despesas federais. Com o reajuste total de R$ 103, o impacto projetado para 2026 é de cerca de R$ 43,2 bilhões.
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Isso ocorre porque benefícios indexados ao piso também são reajustados, entre eles:
• Aposentadorias e pensões do INSS
• BPC
• Seguro-desemprego
• Abono salarial
O crescimento dessa despesa reduz o espaço do orçamento para investimentos e programas com verba discricionária, reacendendo o debate sobre sustentabilidade fiscal.
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Dados do Dieese mostram que o salário mínimo serve de referência para 59,9 milhões de pessoas, entre trabalhadores formais, aposentados e beneficiários de políticas sociais.
O reajuste também influencia salários privados, consumo e movimentação econômica entre famílias de baixa renda.