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Novo índice revela cidades que melhor transformam impostos em qualidade de vida

Ferramenta inédita compara 396 municípios e revela grandes diferenças regionais na eficiência do gasto público

Agência Diário

Publicado em 16/11/2025 às 22:23

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Duas cidades paulistas ocupam o topo do ranking / Freepik

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Um novo índice nacional revelou quais cidades brasileiras conseguem transformar melhor os impostos arrecadados em qualidade de vida para a população.

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O Retornômetro, desenvolvido pela empresa Assertif, avaliou 396 municípios com mais de 100 mil habitantes e mensurou o quanto cada um converte a arrecadação tributária em áreas essenciais como saúde, educação, infraestrutura, emprego e governança.

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Osasco (SP) liderou o ranking nacional, com 783,3 pontos, seguida por São Paulo (640,4) e Volta Redonda (RJ) (631,5). A média nacional foi de 481,2 pontos, indicando que muitas cidades ainda estão longe da eficiência ideal no uso dos recursos públicos.

Galeria: conheça um pouco de Osasco

Panorama urbano de Osasco destaca o crescimento acelerado e a verticalização da cidade / Marcos Ebert/Wikimedia Commons
Panorama urbano de Osasco destaca o crescimento acelerado e a verticalização da cidade / Marcos Ebert/Wikimedia Commons
Estação da CPTM de Osasco é um dos principais eixos de integração do transporte metropolitano / Kaique Rocha/Pexels
Estação da CPTM de Osasco é um dos principais eixos de integração do transporte metropolitano / Kaique Rocha/Pexels
Parque Ecológico Jardim Piratininga oferece área verde para lazer e preservação ambiental em Osasco / BêS/Wikimedia Commons
Parque Ecológico Jardim Piratininga oferece área verde para lazer e preservação ambiental em Osasco / BêS/Wikimedia Commons
Osasco apresenta diversidade urbana e ritmo intenso na região metropolitana de São Paulo / BrasilAdentro/Pixabay
Osasco apresenta diversidade urbana e ritmo intenso na região metropolitana de São Paulo / BrasilAdentro/Pixabay
Paróquia Nossa Senhora dos Remédios é referência histórica e religiosa no centro de Osasco / Dornicke/Wikimedia Commons
Paróquia Nossa Senhora dos Remédios é referência histórica e religiosa no centro de Osasco / Dornicke/Wikimedia Commons
Trens da CPTM representam eixo essencial de mobilidade e ligação entre Osasco e a Grande São Paulo / Daniel Roncaglia/Unsplash
Trens da CPTM representam eixo essencial de mobilidade e ligação entre Osasco e a Grande São Paulo / Daniel Roncaglia/Unsplash

Como o índice foi calculado

A metodologia do Retornômetro combina dados oficiais de fontes como IBGE, Finbra, DataSUS e Inep.

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Os resultados foram organizados em três grandes eixos:

  • Viver: engloba qualidade de vida, saúde, educação e saneamento;
  • Prosperar: mede emprego, renda e desenvolvimento econômico;
  • Governar: avalia transparência, equilíbrio fiscal e capacidade de investimento.

Cada município recebeu uma pontuação de 0 a 1.000, representando sua eficiência na aplicação dos tributos.

Veja também: As 7 cidades latino-americanas entre as 100 melhores do mundo: Brasil está na lista.

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Desigualdades regionais

O levantamento evidenciou fortes disparidades entre as regiões do país. As mais desenvolvidas economicamente tendem a apresentar melhor desempenho na gestão pública.

O Sul ficou com a maior média regional (526,6 pontos), seguido pelo Sudeste (519,2). Já o Norte (399,9) e o Nordeste (401,3) registraram os índices mais baixos, o que reflete desigualdades históricas em infraestrutura, investimento e capacidade administrativa.

Conheça um pouco da região Sul, a campeã do Retornômetro, no vídeo do canal Brasil Escola Oficial:

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Apesar disso, 60,6% dos municípios avaliados conseguiram ficar acima da média nacional. A variação entre as cidades, porém, é expressiva; enquanto as líderes ultrapassam 700 pontos, há municípios com índices abaixo de 200.

Veja também: Com apenas 35 habitantes e 28 quilômetros de praia, essa é uma das cidades menos conhecidas.

Ferramenta para repensar a gestão pública

“O Retornômetro traz uma métrica clara e objetiva para um debate que, até hoje, era dominado por percepções e narrativas políticas. Pela primeira vez, conseguimos mensurar com precisão onde os impostos de fato geram valor público e onde ainda há gargalos de eficiência”, afirma José Guilherme Sabino, CEO do Grupo Assertif, em entrevista ao Extra.

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O estudo também ajuda a ilustrar o paradoxo fiscal brasileiro: o país possui uma carga tributária alta, comparável à de nações desenvolvidas, mas oferece um retorno social bem inferior.

Países como Noruega e Finlândia conseguem combinar alta arrecadação com serviços públicos de excelência, enquanto o Brasil segue entre os últimos colocados em índices internacionais de retorno dos tributos.

“O índice não pretende apontar culpados, mas sim oferecer uma ferramenta técnica de diagnóstico e comparação", afirma o CEO.

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Ao evidenciar boas práticas municipais, esperamos apoiar gestores, pesquisadores e cidadãos na busca por uma gestão pública mais eficiente e transparente”, completa Sabino.

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