Duas cidades paulistas ocupam o topo do ranking / Freepik
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Um novo índice nacional revelou quais cidades brasileiras conseguem transformar melhor os impostos arrecadados em qualidade de vida para a população.
O Retornômetro, desenvolvido pela empresa Assertif, avaliou 396 municípios com mais de 100 mil habitantes e mensurou o quanto cada um converte a arrecadação tributária em áreas essenciais como saúde, educação, infraestrutura, emprego e governança.
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Osasco (SP) liderou o ranking nacional, com 783,3 pontos, seguida por São Paulo (640,4) e Volta Redonda (RJ) (631,5). A média nacional foi de 481,2 pontos, indicando que muitas cidades ainda estão longe da eficiência ideal no uso dos recursos públicos.
A metodologia do Retornômetro combina dados oficiais de fontes como IBGE, Finbra, DataSUS e Inep.
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Os resultados foram organizados em três grandes eixos:
Cada município recebeu uma pontuação de 0 a 1.000, representando sua eficiência na aplicação dos tributos.
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O levantamento evidenciou fortes disparidades entre as regiões do país. As mais desenvolvidas economicamente tendem a apresentar melhor desempenho na gestão pública.
O Sul ficou com a maior média regional (526,6 pontos), seguido pelo Sudeste (519,2). Já o Norte (399,9) e o Nordeste (401,3) registraram os índices mais baixos, o que reflete desigualdades históricas em infraestrutura, investimento e capacidade administrativa.
Conheça um pouco da região Sul, a campeã do Retornômetro, no vídeo do canal Brasil Escola Oficial:
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Apesar disso, 60,6% dos municípios avaliados conseguiram ficar acima da média nacional. A variação entre as cidades, porém, é expressiva; enquanto as líderes ultrapassam 700 pontos, há municípios com índices abaixo de 200.
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“O Retornômetro traz uma métrica clara e objetiva para um debate que, até hoje, era dominado por percepções e narrativas políticas. Pela primeira vez, conseguimos mensurar com precisão onde os impostos de fato geram valor público e onde ainda há gargalos de eficiência”, afirma José Guilherme Sabino, CEO do Grupo Assertif, em entrevista ao Extra.
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O estudo também ajuda a ilustrar o paradoxo fiscal brasileiro: o país possui uma carga tributária alta, comparável à de nações desenvolvidas, mas oferece um retorno social bem inferior.
Países como Noruega e Finlândia conseguem combinar alta arrecadação com serviços públicos de excelência, enquanto o Brasil segue entre os últimos colocados em índices internacionais de retorno dos tributos.
“O índice não pretende apontar culpados, mas sim oferecer uma ferramenta técnica de diagnóstico e comparação", afirma o CEO.
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Ao evidenciar boas práticas municipais, esperamos apoiar gestores, pesquisadores e cidadãos na busca por uma gestão pública mais eficiente e transparente”, completa Sabino.