07 de Outubro de 2024 • 09:20
Duas semanas após o governo definir o novo porcentual da mistura de etanol anidro na gasolina, nada mudou. A expectativa inicial era de que o reajuste, de 25% para 27%, ocorresse nesta terça-feira, 17, mas a medida ainda não foi oficializada pela presidente Dilma Rousseff.
Fontes do setor sucroenergético ouvidas pelo Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, comentaram que a presidente pode ter optado por aguardar os últimos testes de durabilidade feitos pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
Se assim for, a nova mistura só entrará em vigor em meados de março ou mesmo após 8 de abril, quando ocorre outra reunião da Anfavea e do setor sucroalcooleiro com o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante.
O primeiro encontro entre as partes foi em 2 de fevereiro e, na ocasião, foi solicitado que os 27% fossem aplicados em até 15 dias, tempo necessário para que as distribuidoras acertassem a compra do produto. Na semana passada, Mercadante despachou com Dilma a respeito do assunto, mas nada foi definido.
De acordo com as fontes, teme-se que essa demora estimule os produtores a transformar etanol anidro em hidratado, que tem comercialização mais rápida.
Caso isso ocorra, a oferta de anidro disponível neste momento para o aumento da mistura poderia ficar comprometida. Pela lei atual, o governo pode optar por um porcentual que vai de 18% a 27,5%.
A cadeia produtiva de açúcar e álcool havia solicitado, inicialmente, o limite máximo, mas dificuldades quanto à medição do 0,5 ponto porcentual limitaram a mistura, ao menos num primeiro momento, a 27% e apenas para a gasolina C. No caso da gasolina premium, o porcentual permanece em 25%.
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