Cotidiano

Nova cor é descoberta por pesquisadores e só pode ser enxergada em laboratórios

Batizada de "olo", a tonalidade foi apresentada em um estudo publicado na revista Science Advances e é descrita como um azul-esverdeado jamais visto

Ana Clara Durazzo

Publicado em 26/07/2025 às 09:01

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

Durante os testes, cinco voluntários conseguiram visualizar o "olo", descrevendo-o como um tom próximo ao turquesa, semelhante à cor 333U da tabela Pantone / Pixabay/pexels

Continua depois da publicidade

Pesquisadores da Universidade da Califórnia, em Berkeley, afirmam ter feito uma descoberta surpreendente: uma nova cor, até então invisível ao olho humano. Batizada de “olo”, a tonalidade foi apresentada em um estudo publicado na revista Science Advances e é descrita como um azul-esverdeado jamais visto, perceptível apenas por meio de uma tecnologia avançada que estimula a retina com extrema precisão.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

Como funciona a técnica

A inovação foi alcançada por meio de um sistema a laser capaz de ativar diretamente cones específicos da retina, induzindo o cérebro a perceber uma cor que não existe fisicamente no mundo. Durante os testes, cinco voluntários conseguiram visualizar o “olo”, descrevendo-o como um tom próximo ao turquesa, semelhante à cor 333U da tabela Pantone.

Continua depois da publicidade

Leia Também

• Existe um sexto sentido? Nova pesquisa revela conexão surpreendente no corpo

• Descoberta inédita: Pesquisadores conseguem teletransporte quântico usando internet 

O procedimento, ainda em fase experimental, utiliza uma técnica apelidada de Oz, que "hackeia" o sistema visual ao combinar estímulos que não ocorrem naturalmente. “O mais interessante não é a cor em si, mas o fato de podermos criá-la dentro da mente humana”, afirmou o professor Ren Ng, um dos autores da pesquisa.

Segundo ele, a descoberta pode abrir caminhos para novas terapias visuais e beneficiar pessoas com daltonismo, possibilitando a experiência de cores até então inacessíveis.

Continua depois da publicidade

No entanto, a revelação não veio sem ceticismo. Alguns especialistas questionam se é possível considerar o “olo” uma nova cor, já que ela só pode ser vista em condições altamente controladas e com o auxílio de equipamentos específicos. Para os críticos, a experiência pode não passar de uma ilusão cerebral induzida por estímulos artificiais.

Críticas e questionamentos

Apesar das ressalvas, os pesquisadores permanecem confiantes. James Fong, coautor do estudo, afirma que a equipe busca alcançar um controle programável sobre os fotorreceptores da retina. “Estamos apenas no começo, mas mostramos que é possível criar experiências visuais completamente novas”, disse.

Por enquanto, a cor olo está restrita aos laboratórios e à tecnologia de ponta. Mas, segundo os cientistas, o avanço representa um primeiro passo rumo a uma nova fronteira da percepção visual, uma em que as cores não apenas existem no mundo ao redor, mas também podem ser criadas diretamente na mente.

Continua depois da publicidade

Mais Sugestões

Conteúdos Recomendados

©2025 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software