Cotidiano
Só em 2025, país registrou quase 4 mil cavidades quase três vezes a média anual anterior
Nathalia Alves
Publicado em 27/11/2025 às 18:15
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A nova gruta destaca o valor geológico da região recém-reconhecida como Patrimônio Mundial Natural. / Divulgação/Diego Bento
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Uma nova gruta foi identificada pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Cavernas (ICMBio/Cecav), elevando o Brasil à marca de 30 mil cavidades naturais subterrâneas registradas.
Localizada no Parque Nacional Cavernas do Peruaçu, em Minas Gerais, a Gruta do Pica-Pau tornou-se o trigésimo milésimo registro no Cadastro Nacional de Informações Espeleológicas (CANIE).
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Situada na Fazenda Cordisburgo 2, a recém-descoberta gruta é considerada pelos pesquisadores a mais significativa da região em termos de dimensões, volume, espeleotemas e demais atributos.
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De acordo com Dayanne Sirqueira, gestora do parque, “a Gruta do Pica-Pau constitui um marco relevante para esta Unidade de Conservação, tanto por suas características geológicas singulares quanto por ser a caverna de número 30 mil no CANIE. Esse registro reforça a complexidade espeleológica e a representatividade geológica do parque, que se consolida como um dos principais complexos de cavernas do mundo”.
A gestora também destacou que a descoberta ressalta a importância de ações contínuas de pesquisa e proteção na unidade.
Em 2025, o Brasil registrou cerca de 4 mil cavernas no CANIE, número bem superior à média anual de 1.400 registros de anos anteriores. Esse crescimento reflete tanto o potencial espeleológico do país quanto o fortalecimento de políticas públicas que exigem o cadastramento de cavidades.
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Além disso, observa-se maior interesse científico e atuação de instituições, espeleólogos e órgãos ambientais. Segundo o ICMBio/Cecav, a contribuição desta e de outras descobertas são essenciais para as comunidades locais e grupos de espeleologia.
Esses ambientes subterrâneos são fundamentais para processos naturais como o armazenamento de água, a conservação de minerais raros e a preservação de espécies, muitas delas endêmicas.
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Além da descoberta, o parque recebeu, em 2025, o título de Patrimônio Mundial Natural pela UNESCO.
