Helena e Miguel lideram as escolhas, seguidos de outros nomes atemporais como Arthur, Laura e Cecília / Pexels
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Uma onda de nostalgia vem transformando as maternidades brasileiras em 2025. De norte a sul, pais estão redescobrindo o encanto dos nomes clássicos — aqueles que marcaram gerações e agora voltam a aparecer nas certidões de nascimento.
Helena e Miguel lideram as escolhas, seguidos de outros nomes atemporais como Arthur, Laura e Cecília. Mais do que uma tendência estética, essa volta ao passado revela uma busca por identidade e estabilidade em um mundo acelerado pelas mudanças tecnológicas e sociais.
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O fenômeno não é exclusivo do Brasil. Países como Portugal, Espanha e Estados Unidos também registram um aumento na preferência por nomes antigos, segundo dados de cartórios e institutos de estatística.
A tendência reflete um movimento cultural global que valoriza a permanência e o significado em meio à efemeridade da modernidade.
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A força dos nomes clássicos está na história que carregam. Helena, por exemplo, remete à figura mitológica de Troia e simboliza beleza e luz; Miguel, de origem hebraica, é associado à proteção divina. Já Arthur, Laura e Davi evocam nobreza, vitória e amor — atributos que transcendem gerações.
Além dos significados, a sonoridade simples e elegante é outro fator determinante. Esses nomes têm pronúncia suave, funcionam bem em diferentes idiomas e raramente enfrentam problemas de grafia, o que os torna práticos e universais.
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Outro aspecto marcante é o caráter emocional dessas escolhas. Muitos pais veem no nome uma forma de homenagear antepassados e reforçar laços familiares.
Retomar o nome de um avô, de uma bisavó ou de uma figura querida da família é uma maneira de manter viva a memória afetiva e transmitir um legado. Esse gesto, comum em cidades menores, hoje também se espalha pelos grandes centros urbanos, onde a correria da vida moderna muitas vezes distancia as gerações.
A mídia e as redes sociais têm papel decisivo nessa retomada. Novelas, séries e filmes frequentemente apresentam personagens com nomes atemporais, o que ajuda a reforçar sua popularidade. Em 2024, produções brasileiras como Renascer trouxeram à tona nomes como Mariana e João, enquanto séries internacionais reavivaram clássicos como Charlotte e Theodore.
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Nas redes, influenciadores de maternidade compartilham histórias e listas de nomes com forte carga simbólica, impulsionando ainda mais o interesse por nomes antigos.
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A escolha por nomes clássicos também expressa versatilidade. Pais de 2025 buscam nomes que acompanhem os filhos da infância à vida adulta, soando tanto doces quanto sofisticados.
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Um nome como Laura, por exemplo, é visto como gracioso para uma criança, mas também elegante em contextos profissionais. Essa adaptabilidade, aliada à grafia simples e à pronúncia internacional, torna os clássicos ideais para um mundo globalizado e multicultural.
No Brasil, a tendência ganha contornos regionais. No Nordeste, nomes bíblicos como Maria, José e Davi continuam fortes, muitas vezes combinados em nomes compostos.
No Sul, a influência europeia valoriza opções como Helena, Clara e Bento. Já em comunidades indígenas e quilombolas, há um movimento paralelo de resgate de nomes tradicionais, que expressam orgulho cultural e ancestralidade, como Kauã, Maíra, Zumbi e Dandara. Em todas as regiões, o que une essas escolhas é o desejo de preservar histórias e raízes.
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Mesmo com esse retorno ao passado, o processo de decisão é cada vez mais moderno. Pais utilizam aplicativos e sites especializados para explorar origens, significados e tendências. Fóruns de discussão, grupos de WhatsApp e redes sociais ajudam a trocar inspirações e opiniões.
Há quem combine tradição e numerologia, consultando astrólogos ou especialistas antes de decidir o nome do bebê — um equilíbrio entre fé, simbologia e tecnologia.
Por fim, o sucesso dos nomes clássicos em 2025 mostra que, em meio à rapidez da era digital, os pais buscam nomes que contem histórias e resistam ao tempo. Escolher um nome como Helena ou Miguel vai além da sonoridade: é um gesto de afeto, memória e pertencimento.
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Uma forma de ancorar o futuro nas raízes do passado — e garantir que, mesmo em um mundo em constante transformação, algumas tradições continuem a brilhar.