08 de Maio de 2024 • 16:07
As tensas negociações entre governo e oposição sírios, que se concentram na transferência de poder e na ajuda a partes sitiadas da cidade de Homs, região central da Síria, em Genebra, entraram em seu quinto dia nesta terça-feira.
Tem havido pouco progresso até agora na resolução de questões importantes como se o presidente Bashar Assad deve se afastar e transferir o poder a um governo de transição.
Anas al-Abdeh, integrante do grupo de negociadores da opositora Coalizão Nacional Síria, disse à Associated Press nesta terça-feira que a transição, especificada no acordo de junho de 2012 durante a primeira rodada de negociações de paz em Genebra, continua a ser "nossa principal prioridade no momento".
Mas as negociações devem também tratar da questão do envio de ajuda humanitária para Homs. Segundo Al-Abdeh, que "o regime ainda insiste em sua sistemática política de fome".
Um acordo provisório foi fechado em Genebra no final de semana para a retirada de mulheres e crianças de Homs antes da chegada dos comboios com ajuda humanitária. A cidade está sitiada há quase dois anos.
Em comunicado divulgado nesta terça-feira, o governador Talal Barrazi disse que a polícia, paramédicos e membros do Crescente Vermelho sírio estão prontos para retirar as pessoas, mas que "estamos esperando a resposta da ONU". O mediador Lakhdar Brahimi, que atua em nome da ONU e da Liga Árabe, disse que problemas de segurança estão adiando a retirada.
Elisabeth Byrs, porta-voz do Programa Mundial de Alimentos, disse aos jornalistas que caminhões estão de prontidão para levar alimentos e ajudar aos que escolherem sair da cidade, mas acrescentou que "precisamos de todas as condições de segurança para que esse comboio siga adiante".
"Precisamos de acesso a todas as partes da Síria, a todos os locais onde as pessoas precisam de ajuda", disse ela.
Um fator que complica o envio de ajuda e a retirada de pessoas de Homs é que os negociadores têm pouca influência sobre os grupos armados que tomaram o controle de algumas partes do país desde março de 2011.
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