A CCR ViaSul, concessionária responsável pela rodovia, anunciou que não aceitará mais dinheiro em espécie nas praças de pedágio / Divulgação
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Os motoristas que trafegam pela BR-101 Sul, no Rio Grande do Sul, começaram a ser surpreendidos com uma mudança que promete transformar e dividir opiniões nas estradas brasileiras.
A CCR ViaSul, concessionária responsável pela rodovia, anunciou que não aceitará mais dinheiro em espécie nas praças de pedágio, permitindo apenas pagamentos por aproximação, TAGs eletrônicos, dispositivos móveis ou passe livre.
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De acordo com a concessionária, a decisão é irreversível e faz parte de uma tendência nacional de digitalização dos pedágios. Mesmo diante das reclamações de usuários que ainda preferem pagar com dinheiro, a CCR afirma que o objetivo é tornar o fluxo mais ágil e seguro.
Os números mostram a mudança de hábito: desde outubro de 2022, o uso de cartões de crédito e débito nos pedágios da rede cresceu 156%, enquanto apenas 13,17% da arrecadação no último ano veio de pagamentos em dinheiro.
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Por isso, as 61 cabines sob administração da CCR ViaSul passarão por reformulação completa até 2026, encerrando de vez o uso de cédulas e moedas nas estradas do grupo.
Enquanto o Rio Grande do Sul se prepara para o fim do dinheiro nas cabines, São Paulo dá um passo além. O sistema de pedágio eletrônico 'free flow', que não usa cancelas nem praças físicas, entrou em operação neste sábado (1º) em três rodovias paulistas: Mogi-Dutra, Mogi-Bertioga e Padre Manoel da Nóbrega.
O modelo, já testado em países como Noruega e Chile, utiliza pórticos equipados com câmeras e sensores que identificam automaticamente a placa dos veículos. O valor é cobrado por aproximação, TAG, ou posteriormente, via boleto digital.
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Mogi-Dutra (Arujá): R$ 1,56
Mogi-Dutra (Mogi das Cruzes): R$ 1,99
Estrada da Pedreira (P2a): R$ 0,57
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Mogi-Bertioga (Bertioga): R$ 6,95
Mogi-Bertioga (Santos): R$ 5,80
Padre Manoel da Nóbrega (Miracatu): R$ 5,59
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O sistema é operado pela Concessionária Novo Litoral (CNL), que administra 213 quilômetros de estradas e promete reduzir filas e o tempo de viagem, além de diminuir a emissão de poluentes com a eliminação das paradas.
A transição para pagamentos 100% digitais nas estradas marca uma nova fase no sistema de pedágio brasileiro. Com o avanço da tecnologia, as concessionárias apostam em mais agilidade, segurança e redução de custos operacionais, mas a medida também levanta questionamentos sobre acessibilidade e inclusão digital, especialmente entre motoristas que não usam aplicativos ou cartões.
Enquanto o dinheiro físico perde espaço, o Brasil acelera rumo à automação total nas rodovias — e as praças de pedágio tradicionais, com suas filas e cabines, começam a ficar no retrovisor.
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