23 de Abril de 2024 • 22:51
O vereador Luis Carlos Romazzini (PT) protocolou representação no Ministério Público de Guarujá pedindo providências contra a exploração dos espaços publicitários nas praias da Cidade ser feita somente por uma empresa, no caso FRONT 360 – Comunicação Total Ltda. O vereador alega ainda irregularidade na contratação da empresa sem licitação.
Na última sessão da Câmara, na terça-feira, o vereador já havia se pronunciado sobre o caso, pedindo informações à Prefeitura por meio de requerimento. Mas, a votação do requerimento foi adiada para a próxima terça-feira. Na ocasião, Romazzini disse ao DL que levaria o caso ao conhecimento do Ministério Público.
Romazzini afirmou que a cessão dos espaços publicitários de todas as praias da Cidade a uma única empresa é “uma ilegalidade”. “Sem licitação e sem respeitar as leis existentes, a Administração Municipal cedeu todas as praias para exploração por parte de uma única empresa, um verdadeiro absurdo”, explicou Romazzini.
Em sua representação, o vereador questiona: “quais os critérios para se aferir o “quantun” a ser pago aos cofres públicos diretamente ou indiretamente via ações de manutenção dos respectivos espaços ou de apoio à área social mantidos pela municipalidade”.
A Prefeitura de Guarujá, por meio da assessoria de imprensa, informou que ainda não foi notificada oficialmente pelo Ministério Público, e que só se pronunciará a respeito após tomar ciência do documento.
A assessoria de imprensa da empresa publicitária citada — Front 360 — informou ontem que também só se pronunciará sobre a representação do vereador quando for notificada oficialmente pelo Ministério Público.
DL denunciou
No último sábado, a Associação dos Quiosqueiros de Guarujá registrou queixa na Delegacia sede da Cidade contra a Front 360. Na ocasião, a associação e alguns quiosqueiros registraram dois boletins de ocorrência acusando dois homens que se identificaram como “fiscais da Prefeitura” de prática de estelionato.
Conforme reportagem do DL, publicada no último domingo, o boletim de ocorrência descreve que os dois supostos fiscais teriam abordado os quiosqueiros com um documento que firmava um acordo com a empresa publicitária, no qual os permissionários concordavam em repassar R$ 600 dos R$ 3 mil que deveriam receber da empresa à associação. Os comerciantes estariam recebendo de fato cheques no valor de R$ 2 mil.
Porém, o advogado da Associação dos Quiosqueiros do Guarujá, Airtin Sinto, afirmou ao DL, na ocasião, que “a entidade não recebe um centavo dessa parcela”.
Polícia
Luca Romano Angerami, de 21 anos, está desaparecido desde o dia 14
Apuração
Reportagens do Diário estimulam mais controle de gastos e aquecem o clima eleitoral dentro da Câmara de Santos