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O futuro do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) no trecho da Avenida Francisco Glicério, em Santos, ainda continua incerto. O Ministério Público exige um estudo mais aprofundado que justifique o traçado das obras sobre o canteiro central da via, e não sobre a antiga linha férrea, na lateral.
Em reunião realizada nesta sexta-feira (6) entre o secretário de Transportes Metropolitanos, Jurandir Fernandes, e promotores do Ministério Público, não ficou acertada nenhuma decisão sobre o andamento das obras no trecho. De acordo com a promotora Almachia Zwarg Acerbi, o órgão continua com a posição de que a melhor opção é o VLT passar pela antiga linha férrea da Francisco Glicério.
“A posição é a mesma, explicamos direito quais são os pontos que estão pendentes, mas ainda não tem nenhum estudo que justifique essa mudança”, disse Almachia, sobre a implantação dos trilhos do VLT no meio da avenida. O Ministério Público quer um estudo em que estejam mais claras questões urbanísticas, como intervenções no trânsito de veículos e pedestres e impacto de vizinhança.
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Segundo o Ministério Público, o projeto original do VLT foi alterado sem os devidos estudos de impacto ambiental.
O secretário Jurandir Fernandes, no entanto, alega que não houve mudança no traçado e que a Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) vai apresentar o novo estudo solicitado pelo Ministério Público para que os trilhos sejam implantados no canteiro central da avenida.
“Ouvimos todas as recomendações do Ministério Público, foram bem colocados todos os pontos de vista, agora nós vamos buscar uma solução comum, que atenda a todos”, disse o secretário. Para Jurandir, o compromisso da EMTU é apresentar o documento com a profundidade exigida pelo MP. Mas o canteiro central, na opinião dele, é a melhor opção.
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Apesar do impasse, o secretário diz que a discussão não deve atrasar o andamento das obras.
São Vicente
Além da reunião com os promotores do Ministério Público, Jurandir visitou as obras da Avenida Antonio Emmerick, em São Vicente, e a Estação Nossa Senhora de Lourdes.
De São Vicente, ele saiu anunciando que as obras do VLT no local devem terminar antes do prazo estimado pela EMTU. Ao invés de oito, serão seis meses para finalizar as intervenções, que devem demolir no viaduto da Avenida Antonio Emmerich.
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“Acreditamos que até o final de janeiro as obras nesse trecho já estejam concluídas”, disse o secretário. As obras no local têm causado transtornos ao tráfego de veículos e, inclusive, aos comerciantes que atuam naquela região. A interdição de parte da Avenida Antonio Emmerick fez com que o trânsito fosse desviado e o estacionamento de veículos proibido nas ruas adjacentes.
As obras do VLT tiveram início em maio, quando o governador Geraldo Alckmin veio a Santos para inaugurar os serviços.
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