Gilberto Mendes morreu nesta sexta-feira (1º), em Santos, aos 93 anos / Divulgação
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Gilberto Mendes, morto nesta sexta-feira (1º), em Santos, aos 93 anos, foi um dos expoentes da música concreta e de vanguarda no Brasil. Em 1963, o compositor foi um dos signatários do Manifesto Música Nova, publicado pela revista de arte "Invenção".
No documento, os músicos prometiam "compromisso total com o mundo contemporâneo", "reavaliação dos meios de informação" e "geometria não-euclidiana".
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Esse espírito subversivo se refletia em seus próprios trabalhos, como "O Anjo Esquerdo da História" ou "Vila Socó, Meu amor" (sobre uma favela incendiada).
Na USP, Mendes se aposentou como professor de composição, na faculdade de música. Depois de sua aposentadoria, continuou compondo e colaborando com a Osesp, em São Paulo.
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Ele também fez incursões pela literatura. Em 2009, foi finalista do prêmio Jabuti com "Viver Sua Música: com Stravinsky em Meus Ouvidos, Rumo à Avenida Nevskiy" (Edusp); em 2013, lançou seu primeiro livro ficcional, "Danielle em Surdina, Langsam" (Ed. Algol).
No teatro, Mendes participou do movimento de música experimental na década de 1960.