Cotidiano
De janeiro a junho deste ano, foram registrados 106 homicídios culposos por acidentes de trânsito, um aumento de 11,6% em relação às 95 mortes no mesmo período de 2024
O número de mortes no trânsito na região atingiu o maior patamar dos últimos três anos, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP). / Divulgação
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A Baixada Santista viveu, no primeiro semestre de 2025, um triste retrocesso na segurança viária. O número de mortes no trânsito na região atingiu o maior patamar dos últimos três anos, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP).
De janeiro a junho deste ano, foram registrados 106 homicídios culposos por acidentes de trânsito, um aumento de 11,6% em relação às 95 mortes no mesmo período de 2024. O número também supera os 101 óbitos do primeiro semestre de 2023, evidenciando uma escalada preocupante.
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Acidentes de trânsito já geraram mais de R$ 130 milhões em custos em São Paulo
A análise do sistema InfoSiga SP, do Detran-SP, revela um padrão alarmante. Das 132 mortes contabilizadas pelo órgão na região, 105 eram homens, sendo a faixa etária mais atingida a dos 20 aos 24 anos, com 15 vítimas fatais. O dado que mais chama atenção é o tipo de veículo envolvido: 80% dos homens mortos estavam conduzindo motocicletas.
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No mapa da letalidade, três cidades se destacam negativamente. Santos lidera com 19 mortes no trânsito no primeiro semestre, seguida por Praia Grande e São Vicente, com 16 casos cada. Juntas, essas três cidades concentram quase metade (48%) das fatalidades da região.
Santos: 19
Praia Grande: 16
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São Vicente: 16
Cubatão: 15
Itanhaém: 12
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Peruíbe: 10
Guarujá: 8
Mongaguá: 6
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Bertioga: 4
Atropelamentos e colisões com motos lideram causas
As principais causas dos acidentes fatais também foram levantadas: os atropelamentos lideram com 35 ocorrências, seguidos das colisões com motocicletas, que somaram 33 casos. Quando se analisa a condição da vítima, 61,4% eram condutores, 26,5% pedestres e 8,3% passageiros.
Reflexo de falhas estruturais e comportamentais
O aumento das mortes no trânsito na Baixada Santista acende um alerta sobre a necessidade urgente de políticas públicas mais eficazes em educação no trânsito, fiscalização, infraestrutura e proteção aos mais vulneráveis — especialmente motociclistas e pedestres. O cenário reforça a urgência de ações coordenadas para reverter essa curva crescente de fatalidades nas vias da região.
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