Cotidiano

Mortes no trânsito disparam no litoral de SP e batem recorde em 3 anos

De janeiro a junho deste ano, foram registrados 106 homicídios culposos por acidentes de trânsito, um aumento de 11,6% em relação às 95 mortes no mesmo período de 2024

Ana Clara Durazzo

Publicado em 07/08/2025 às 07:45

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O número de mortes no trânsito na região atingiu o maior patamar dos últimos três anos, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP). / Divulgação

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A Baixada Santista viveu, no primeiro semestre de 2025, um triste retrocesso na segurança viária. O número de mortes no trânsito na região atingiu o maior patamar dos últimos três anos, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP).

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De janeiro a junho deste ano, foram registrados 106 homicídios culposos por acidentes de trânsito, um aumento de 11,6% em relação às 95 mortes no mesmo período de 2024. O número também supera os 101 óbitos do primeiro semestre de 2023, evidenciando uma escalada preocupante.

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Perfil das vítimas: homens jovens e motociclistas

A análise do sistema InfoSiga SP, do Detran-SP, revela um padrão alarmante. Das 132 mortes contabilizadas pelo órgão na região, 105 eram homens, sendo a faixa etária mais atingida a dos 20 aos 24 anos, com 15 vítimas fatais. O dado que mais chama atenção é o tipo de veículo envolvido: 80% dos homens mortos estavam conduzindo motocicletas.

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Santos lidera ranking de mortes

No mapa da letalidade, três cidades se destacam negativamente. Santos lidera com 19 mortes no trânsito no primeiro semestre, seguida por Praia Grande e São Vicente, com 16 casos cada. Juntas, essas três cidades concentram quase metade (48%) das fatalidades da região.

Confira o ranking completo de mortes no trânsito por cidade:

Santos: 19

Praia Grande: 16

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São Vicente: 16

Cubatão: 15

Itanhaém: 12

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Peruíbe: 10

Guarujá: 8

Mongaguá: 6

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Bertioga: 4

Atropelamentos e colisões com motos lideram causas
As principais causas dos acidentes fatais também foram levantadas: os atropelamentos lideram com 35 ocorrências, seguidos das colisões com motocicletas, que somaram 33 casos. Quando se analisa a condição da vítima, 61,4% eram condutores, 26,5% pedestres e 8,3% passageiros.

Reflexo de falhas estruturais e comportamentais
O aumento das mortes no trânsito na Baixada Santista acende um alerta sobre a necessidade urgente de políticas públicas mais eficazes em educação no trânsito, fiscalização, infraestrutura e proteção aos mais vulneráveis — especialmente motociclistas e pedestres. O cenário reforça a urgência de ações coordenadas para reverter essa curva crescente de fatalidades nas vias da região.

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