04 de Maio de 2024 • 14:24
Nesta segunda-feira (10), o presidente do Egito Mohamed Morsi concedeu poderes de polícia ao Exército. A decisão foi anunciada às vésperas do controverso referendo constitucional, que deu origem a enormes e violentos protestos de rua no país e resultaram na morte de sete pessoas, além de deixar centenas de feridas.
O decreto, publicado no diário oficial, ordena que os militares cooperem com a polícia "para preservar a segurança e proteger as instituições estatais vitais, durante um período de tempo limitado, até o anúncio dos resultados do referendo".
O Exército, que governou o Egito entre a queda do ex-presidente Hosni Mubarak em fevereiro de 2011 e a eleição de Morsi em junho deste ano, tem buscado permanecer neutro em relação à crise política, embora tenha advertido que "não vai permitir" que a situação se deteriore e pediu que os dois lados dialoguem.
Desde quinta-feira (6), tanques do Exército estão ao redor do palácio presidencial, mas os militares não entraram em confronto com os milhares de manifestantes que se reúnem no local toda noite.
A oposição, formada por seculares, liberais, esquerdistas e grupos cristãos, afirmou que vai intensificar os protestos para prejudicar o referendo. Para os opositores, a nova Constituição, redigida principalmente por aliados islamitas de Morsi, enfraquece os direitos humanos, os direitos das mulheres, as minorias religiosas e prejudica a independência do Judiciário.
Na noite de domingo (9), o principal grupo de oposição, a Frente de Salvação Nacional, convocou a realização de enormes protestos no Cairo contra o referendo, marcado para 15 de dezembro.
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