06 de Maio de 2024 • 08:07
Seis dias depois dos violentos saques em supermercados e lojas na Argentina, outras duas pessoas morreram nas últimas horas vítimas de ferimentos durante os episódios. Uma mulher de 36 anos que havia recebido um tiro na cabeça morreu na manhã de hoje. E, na noite de terça-feira, um jovem de 17 anos faleceu no hospital onde estava internado desde a quinta, após ser baleado na virilha. Ambos foram feridos em Rosario, capital da província de Santa Fe, umas das regiões agrícolas mais importantes.
No total, foram quatro mortes decorrentes dos enfrentamentos durante os saques ocorridos na quinta e sexta-feira da semana passada, que afetaram quase 300 estabelecimentos comerciais em 40 cidades do país, conforme balanço da Confederação Argentina de Médias Empresas (Came). O prejuízo financeiro foi de 26,5 milhões (US$ 5,3 milhões). Outras 200 lojas sofreram algum tipo de danos, como vidros quebrados e outros tipos de estragos.
A Came disse que o prejuízo é ainda maior se computar a quantidade de horas que os estabelecimentos comerciais foram obrigados a permanecer fechados, justamente na época do ano de maiores vendas. Muitos comerciantes não foram saqueados porque fecharam suas portas preventivamente. Os saques começaram na quinta, em Bariloche, e foram replicados rapidamente em outras regiões do país durante dois dias.
O secretário de Segurança Nacional, Sergio Berni, e o chefe de Gabinete Civil, Juan Manuel Abal Medina, acusaram o secretário geral da ala opositora da Central Geral do Trabalho (CGT), Hugo Moyano, de ser o autor intelectual dos saques. Nesta quarta, Moyano apresentou uma denúncia à Justiça contra ambos os funcionários por "intimidação pública, instigação à violência e falsas denúncias". O titular da Central de Trabalhadores Argentinos (CTA) Pablo Micheli, também denunciou os dois funcionários.
Um dia antes dos distúrbios, Moyano e Micheli lideraram passeatas com concentração na Praça de Maio de, aproximadamente, 100 mil trabalhadores para protestar contra elevados impostos sobre os salários, além de uma série de reivindicações. Na ocasião, os líderes sindicais dispararam fortes críticas contra a presidente Cristina Kirchner e a falta de políticas de controle da inflação e da insegurança.
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