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Cotidiano

Moradores reclamam de falta de sistema de drenagem em Praia Grande

A Avenida Marquesa de Santos, no bairro Tude Bastos, possui poucas saídas para o escoamento da água, o que causa enchentes quando chove ou quando a maré sobe

Vanessa Pimentel

Publicado em 03/12/2017 às 10:00

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Moradores estão cansados de solicitar à prefeitura melhorias no sistema de drenagem / Rodrigo Montaldi/DL

Moradores da Avenida Marquesa de Santos, no bairro Tude Bastos, em Praia Grande, estão cansados de solicitar à prefeitura melhorias no sistema de drenagem. A via tem cerca de 1 km de extensão, mas possui poucas saídas para o escoamento da água, o que causa enchentes quando chove ou quando a maré sobe.

Os poucos bueiros existentes estão cheios de lixo e sem receber limpeza há tempos, conforme afirma quem reside por ali.

Para piorar a situação, um canal a céu aberto corta a via. Em dias de alagamento fica submerso e segundo moradores, causa incontáveis acidentes. A cena não é rara, já que para o canal encher, basta a subida da maré, independente de chuva.   

“Eu moro aqui há oito anos e já perdi as contas de quantos carros caíram no canal. Só neste ano foram uns quatro. Por sorte, nunca ninguém morreu, mas eu mesmo já salvei um casal de idosos que não estava conseguindo sair do carro”, afirma ‘Índio’, o dono de um lava rápido próximo ao local.

O descaso com a via revolta, principalmente, o morador Fernando Barbosa. No ano passado ele chegou a registrar seis solicitações na ouvidoria da prefeitura que pediam a construção de mais bocas de lobo, mas não foi atendido nenhuma vez.

“A resposta é sempre a mesma: não tem dinheiro e a prefeitura não pode fazer nada. Mas será que é tão caro instalar mais bocas de lobo? Por que a praia não sofre com falta de verba?”, reclama Fernando.

Durante a reportagem foi possível verificar vários pontos com água parada, inclusive na frente das casas. Uma moradora disse que basta lavar o quintal que a água empoça na calçada. Barbosa acredita que a prefeitura precisa reavaliar o sistema de drenagem da via, já que o número de casas cresceu nos últimos anos, mas nenhuma obra pública de melhoria foi feita.

O forte odor que emana do canal é outra consequência do desmazelo com a zeladoria. Além da água suja, há muito entulho jogado pelas margens. A falta de placas de sinalização no entorno também piora a situação em dias de enchente.

Colocação de coqueiros em praça gera dúvidas

A plantação de coqueiros pela prefeitura na Praça Gregório de Matos Guerra na esquina com a Avenida Martim Francisco com a Marquesa de Santos é outra atitude que tem gerado dúvida.

A praça está coberta por lama, o que a torna inabitável e remete a um terreno baldio. “Coqueiro não sobrevive na lama, então eles apodrecem. Daí a prefeitura vem, troca por novas mudas e elas morrem de novo. Se eles querem reformar a praça não seria melhor arrumarem o que precisa para depois finalizar com as plantas? É dinheiro público gasto à toa”, reclama um vizinho da praça.

Questionada, a prefeitura explicou que o local passa por obras e já nas próximas semanas contará com novo trecho ­urbanizado.

Em relação à solicitação de um novo sistema de drenagem para a via, a Secretaria de Serviços Urbanos disse que já conversou com os moradores em diversas ocasiões e explicou que está realizando estudos para verificar a necessidade de instalação de novas bocas de lobo.

Quanto ao canal, afirmou que realiza limpezas constantes, mas que no trabalho realizado mês passado foram encontrados muitos detritos descartados pela própria população, que acabam obstruindo o sistema de drenagem no local. Também informou que há projeto para urbanização aguardando ­aprovação do licenciamento ambiental para ser iniciado. Já a Secretaria Municipal de Trânsito disse que haverá reforço da sinalização de trânsito em todo o trecho.

Contrato

Com o objetivo de ouvir a população, a Prefeitura de Praia Grande abriu consulta pública eletrônica sobre o contrato de prestação de serviços da Sabesp. A população poderá sugerir melhorias para serem implantadas no atendimento da empresa nos próximos 30 anos. O conteúdo final será discutido em audiência pública nesta quarta-feira.

O encontro está previsto para começar às 18h30, no auditório da Colônia de Férias do Centro de Lazer da Família Metalúrgica de São Paulo e Mogi das Cruzes, na Avenida dos Sindicatos, nº 111, Bairro Mirim. Para participar é preciso levar documento de identificação com foto. O credenciamento dos participantes começará às 17h30.

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