Cotidiano

Moradores do Morro do Pacheco cobram obras de contenção e criam boneco em protesto

População resolveu fazer uma manifestação pedindo mais atenção à área em que mora

Carlos Ratton

Publicado em 10/03/2021 às 07:00

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Boneco cobrando providências foi colocado no Pacheco, que ainda possui inúmeras 'gambiarras', conforme fotos enviadas por moradores / Divulgação

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Em sua despedida do Palácio José Bonifácio, em 30 de dezembro do ano passado, o então prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) anunciou R$ 53,8 milhões de investimentos no Plano de Execução de Obras de Segurança e Melhorias nos Morros em 2021. A peça teria que ser cumprida pelo prefeito Rogério Santos (PSDB), mas 11 obras já haviam sido concluídas nos morros e sete estariam em execução.

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No entanto, a 20 dias do final do primeiro trimestre, os moradores do Morro do Pacheco perderam a paciência e resolveram fazer uma manifestação pedindo mais atenção à área em que mora. Dias atrás, confeccionaram um boneco e vários cartazes alertando sobre a suposta inércia da Administração.

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"Pelo menos aqui no Pacheco, na Rua Sete, não fizeram nada continua o mato crescendo e esgoto vazando. Colocaram uma encanação provisória, que teria três meses de duração, e que está até hoje. O tubo não suporta o volume de água e vaza pelas ruas e escadarias todas quando chove. Isso é risco", afirma Joselito de Lira Cardoso.

"Não avançou quase nada. Eu moro no São Bento e pouco está sendo feito. Como os vizinhos, tive minha casa interditada e estou morando com minha filha no Pacheco, que nada vem sendo feito. Pedimos uma nova avaliação as casas e a Defesa Civil só nos mostra mapas", afirma Fernando dos Santos Rodrigues, alegando que Paulo Alexandre e Rogério Santos chegaram a conhecer a realidade ano
passado.

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PREFEITURA.

A Prefeitura explica que para resolver os problemas provocados por deslizamento de solo, rocha e resíduos, estão em andamento obras emergenciais no Morro do Pacheco, no trecho de encosta entre a Rua Dois e Rua Visconde de Embaré, com implantação de escadaria hidráulica e proteção de proteção do aterro na inclinação da encosta.

Os serviços envolvem também outros quatro em trechos de encostas entre a Rua Dois e Rua Visconde de Embaré, trecho a montante da Rua Dois com implantação de sistema de drenagem pluvial; remanejamento da rede de esgoto; remoção de material instável; proteção superficial da encosta. Trata-se de investimento de R$ 3.445.513,28, recursos da Prefeitura, para intervenções com prazo de execução de seis meses.

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A Administração informa, ainda, que as obras emergenciais no Morro do Pacheco, do trecho de encosta entre as ruas Sete e Oito, devem iniciar em breve, com verbas federais e contrapartida da Prefeitura. O pedido de verbas federais foi aprovado no segundo semestre de 2020 e os valores dos convênios serão repassados de acordo com o andamento das obras.

A licitação para execução dos serviços está na etapa final de assinatura de contrato. Na sequência será emitida a ordem de serviço para início da obra no valor de R$ 1.676.313,99 e prazo de execução de cinco meses.

Ainda conforme a Prefeitura, está prevista a implantação do sistema de drenagem pluvial e readequação do ponto de escoamento com o curso da água. Também ocorrerá remanejamento da rede de esgoto, remoção de material instável e proteção superficial da encosta.

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A Defesa Civil de Santos garante que realiza vistoria e monitora constantemente as áreas afetadas pelas chuvas de fevereiro e março do ano passado. Os pontos de maiores riscos já foram interditados e desocupados.

O órgão apontou os locais para a execução de obras emergenciais, drenagem, contenção de encostas, entre outros serviços.

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