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A beleza e a infraestrutura da cidade polo da Região Metropolitana da Baixada Santista têm um preço. Viver em Santos é muito caro. O custo de vida na Cidade que não chega a 420 mil habitantes chega a ser comparado ao da Capital, com uma população de mais de 11 milhões de habitantes (dados do IBGE).
Em entrevista ao DL sobre a majoração do custo de vida em Santos, publicada na edição de ontem, o professor de Economia da Unimonte, Ricardo Hammoud, afirmou que a especulação imobiliária em Santos puxa a alta do custo de vida e que a tendência é este custo aumentar cada vez mais, ainda que em menor ritmo. A perspectiva gerada em torno dos negócios do pré-sal da Bacia de Santos com a instalação da sede da Petrobras, na Cidade, favorecendo a migração em massa de trabalhadores e executivos com forte poder aquisitivo levará relativamente ao aumento do custo de vida.
“Se há aumento de renda, há aumento do consumo e conseqüentemente elevação de preços”, explicou o economista. A análise de Hammoud foi comparativa ao alto custo de vida da Capital paulista, apontada como a 10ª cidade mais cara do mundo pela consultoria Mercer. A consultoria avaliou nas cidades pesquisadas em todo o mundo os custos de roupas, alimentação, entretenimento, aluguel, carros e outros itens, usando a cidade de Nova York (EUA) como base de comparação.
Em Santos, a avaliação dos moradores foi unânime:
“Eu acho o custo de vida em Santos muito caro. O transporte coletivo tem um custo muito alto pelo percurso que faz. Os restaurantes são muito caros, quase o mesmo preço dos restaurantes por quilo da Avenida Paulista (Capital). Os aluguéis e o preço do metro quadrado dos imóveis em Santos têm praticamente o mesmo custo do metro quadrado de São Paulo”
Amada Garcia Cheou Lelis
Arquiteta
“Eu acho que é bastante alto o custo de vida em Santos. Comprar um imóvel está cada vez mais inviável. Os alimentos e as mensalidades escolares também estão muito caros. A mesma compra feita no mês passado no supermercado está mais cara este mês”
Rosane Cavalcante
Bancária
“Eu moro no Bom Retiro e para pegar um ônibus até o Gonzaga, por exemplo, a distância é curta. O percurso não é tão longe pelo valor que é cobrado pela condução. Em Santos, qualquer lugar é perto. Diferente do Rio de Janeiro, onde as pessoas fazem baldeações para poder chegar aos bairros mais distantes, aí sim se justificaria uma condução cara. Além disso, os aluguéis, a própria alimentação e até a conta de luz estão muito caros”
Reinaldo Lima Santos
Conferente portuário
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