Continua depois da publicidade
Todas as famílias da Água Fria devem ser removidas até o prmeiro semestre de 2015, por uma determinação judicial. A confirmação foi dada ontem pelo coordenador do Programa Serra do Mar da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU), Fernando Chucre, em reunião realizada na Câmara Municipal de Cubatão.
A reunião foi promovida pelo vice-presidente da Casa Legislativa, César da Silva Nascimento (PDT) com o objetivo de discutir o destino das famílias da Água Fria. O vereador João Ivaniel (PSDB) e o líder comunitário Roberto Soares da Silveira também compuseram a mesa dos trabalhos.
Chucre disse que, assim que os moradores desocuparem a área, será instalado um Jardim Botânico. No momento, Chucre disse que o Governo estadual só pode oferecer o auxílio moradia de R$ 400,00, mesmo entendendo que não é suficiente. “É preciso estabelecer acordos com a Prefeitura para que se faça uma complementação nesse valor”.
Chucre lembra que antes boa parte dos moradores não queria sair do local, sendo que a Prefeitura estudava implantar o projeto “Bairro Ecológico”. Ele afirmou que a remoção das famílias sempre foi uma prioridade para o Governo estadual, uma vez que Água Fria era considerada uma área de risco. Com a negativa da comunidade local, os moradores das Cotas 95 e 100 foram contemplados com as residências do Programa Serra do Mar. Com o transbordamento do Rio Poliões, ocorrido em fevereiro de 2013, em que as enchentes causaram grandes estragos, o cronograma de remoções teve que ser repensado.
Continua depois da publicidade
O coordenador do Programa Serra do Mar explicou que existe uma grande dificuldade para aquisição de terrenos na cidade, tudo por conta da contaminação do solo pelas indústrias e pela conservação de reservas ambientais. Ele disse que novas residências serão erguidas em três áreas do município e que todos os moradores da Água Fria serão contemplados. Chucre comentou que algumas alterações no zoneamento de Cubatão poderiam ajudar na compra de novos espaços.
Silveira disse que a Água Fria vive um estado de calamidade, principalmente as famílias que habitam perto da margem do rio. Representando a comissão dos moradores do bairro, o líder comunitário disse que há um risco iminente no local, não havendo condições de habitabilidade. “É preciso retirar as famílias imediatamente, mesmo que de forma provisória”.
Na opinião do líder comunitário, as famílias não querem mais auxílio aluguel, mas sim, a entrega definitiva das casas prometidas. Silveira ainda disse que os moradores estão sendo tratados com descaso e pede melhorias para as ruas esburacadas e para falta de iluminação em alguns pontos do bairro.
O secretário de Habitação, Silvano da Silva Lacerda, foi convidado para reunião, mas não compareceu.
Continua depois da publicidade