Cotidiano

Morador de Guarujá está preso em Brasília: 'Ele não foi para quebrar nada', diz irmão

José Gilmar de Oliveira Melo, de 44 anos, estava presente nos atos de invasão aos Três Poderes no último dia 08. Ainda resta esclarecer se ele, de fato, teve participação ativa

Jeferson Marques

Publicado em 17/01/2023 às 11:03

Atualizado em 17/01/2023 às 11:06

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José Gilmar de Oliveira Melo está preso em Brasília desde o último dia 08 / Reprodução/Facebook

Um morador de Guarujá está preso em Brasília desde o último domingo, dia 08, por ter participado da invasão aos Três Poderes. José Gilmar de Oliveira Melo, de 44 anos, disse em depoimento à Polícia Civil que foi convidado por um homem a participar de uma manifestação pacífica, e não do quebra-quebra. Seu irmão, de 38 anos, conversou com a Reportagem do DL e disse que a família está aflita e sem qualquer notícia dele.

Em seu depoimento à Polícia Civil, José Gilmar Melo disse que foi convidado por um homem para participar de uma manifestação pacífica em Brasília, em apoio às forças armadas. O ônibus teria saído da frente do Forte dos Andradas.

Seu irmão, o pedreiro Ginaldo Oliveira Melo, de 38 anos, disse ao DL que que José Gilmar estava acampado em uma barraca na frente do Forte dos Andradas, e que comunicou a família que iria para Brasília em um ônibus fretado. "Ele nos disse que seria algo pacífico. Meu irmão não é de violência, é um cara de Deus. Ele não foi para quebrar nada", acredita.

Ainda no depoimento, José Gilmar Melo contou que é bolsonarista e que estava próximo ao Palácio do Planalto quando percebeu que a manifestação ficou violenta, e tentou se abrigar em um local seguro, ao notar a presença do Exército.

Ele acrescenta que policiais da tropa de choque chegaram arremessando bombas de gás lacrimogênio e dando voz de prisão para todos que já estavam deitados no chão (no caso, ele também).

Ainda resta esclarecer se ele, de fato, teve participação ativa.

Ginaldo diz que a família está muito apreensiva, pois desde o domingo, dia 08, não tem notícias de como está José Gilmar que, segundo ele, sofre de esquizofrenia. "Algumas vezes meu irmão não fala coisa com coisa por conta desse problema de cabeça. Isso deixa a gente ainda mais preocupado, sem saber como ele está sendo tratado lá", desabafa.

A esposa de José Gilmar está viajando e, ao retornar, vai procurar os médicos que acompanham seu marido para pegar o laudo psiquiátrico. "Estamos atrás de advogados e fazendo o possível para tirar meu irmão de lá. Na nossa família ninguém deixa ninguém para trás. Somos unidos", explica.

Perguntado sobre o que achava dos atos golpistas em Brasília, Ginaldo disse que ficou assustado ao ver as imagens e que, na sua visão, não é desse jeito que se resolvem as coisas.

"Independente do governo, temos que fazer o nosso e torcer para dar certo. Sempre falei para o meu irmão que se a gente não trabalhar, não conquistaremos as coisas, e que ele deixasse as discussões políticas de lado", finaliza.

José Gilmar pode responder por tentar tirar do poder, usando a força e a violência, um governo legitimamente constituído, e a pena pode chegar a 12 anos de prisão (sem o agravante da violência).

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