Cotidiano

Ministério Público investiga empresa de Virginia por práticas abusivas

A marca WePink Cosméticosé alvo após mais de 90 mil reclamações e vendas sem estoque em transmissões ao vivo

Giovanna Camiotto

Publicado em 09/10/2025 às 17:52

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A CEO do empreendimento é Virginia Fonseca, que conta com 52,7 milhões de seguidores no Instagram / Reprodução/Instagram

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O Ministério Público de Goiás (MP-GO) entrou com ação contra a empresa Wepink Cosméticos, da influenciadora Virginia Fonseca, por práticas abusivas contra consumidores. O processo cita problemas como falta de entrega de produtos, descumprimento de prazos e resistência sistemática em reembolsos.

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Segundo o MP, milhares de consumidores pagaram por produtos que nunca receberam, mesmo após meses de espera. Além disso, há registros de atendimento deficiente, exclusão de críticas nas redes sociais e venda de itens com defeito ou em desacordo com o anunciado.

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A ação aponta também publicidade enganosa e má-fé contratual por parte dos sócios Thiago Stabile e Chaopeng Tan. Em uma transmissão ao vivo, Stabile admitiu que a Wepink enfrentou problemas de abastecimento devido ao rápido crescimento, revelando que a empresa continuou a vender produtos mesmo sem condições de entrega no prazo prometido.

O MP solicita indenização por dano moral coletivo de R$ 5 milhões, que será revertida ao Fundo Estadual de Defesa do Consumidor, além de indenizações individuais para consumidores que comprovarem prejuízos.

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Mais detalhes da ação

A ação requer ainda medidas de urgência: suspensão de novas transmissões ao vivo promocionais, criação de canal de atendimento humano com resposta em 24 horas, mecanismo simplificado para cancelamento e reembolso em até sete dias e entrega imediata dos produtos já pagos, sob multa diária de R$ 1 mil em caso de descumprimento.

O promotor de Justiça Élvio Vicente da Silva afirma que Virginia e os sócios devem responder solidária e pessoalmente pelos danos, já que participaram ativamente das lives promocionais e mantiveram vendas massivas mesmo diante de falhas operacionais. Segundo a investigação, a estratégia de ofertas-relâmpago cria senso artificial de urgência, induzindo à compra impulsiva e explorando vulnerabilidade psicológica, especialmente de jovens.

O MP destaca ainda que o uso da imagem de Virginia agrava a situação: “Seduzidos pela confiança depositada em influenciadora de renome nacional, realizaram compras legítimas, mas depararam-se com realidade brutal de total descaso pós-venda”, afirma a ação.

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A Wepink acumula mais de 90 mil reclamações no Reclame Aqui em 2024 e 340 denúncias formais no Procon Goiás entre 2024 e 2025. O órgão lavrou Auto de Infração contra a empresa em agosto deste ano. A assessoria de Virginia e da Wepink ainda não se manifestou sobre o caso.

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