O projeto prevê uma estrutura de grande porte em Peruíbe / Divulgação
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O litoral sul de São Paulo voltou ao radar nacional após o empresário Eike Batista retomar oficialmente o projeto Porto Brasil, um complexo portuário planejado para transformar a logística de cargas no estado.
O empreendimento, estimado em R$ 4 bilhões, ganhou novo impulso após o grupo do empresário protocolar junto ao Governo de São Paulo o plano de trabalho para elaboração do EIA-Rima, documento que analisa impactos ambientais e define condicionantes para o processo de licenciamento.
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O projeto, concebido para receber supernavios chineses e ampliar a capacidade de escoamento de commodities, prevê uma estrutura de grande porte em Peruíbe, a cerca de 70 quilômetros de Santos.
A iniciativa recoloca a cidade no mapa de grandes investimentos portuários e reabre debates sobre infraestrutura, meio ambiente e desenvolvimento regional.
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De acordo com o plano apresentado ao Consema, o Porto Brasil deve ocupar uma área de 24 quilômetros quadrados.
Além do terminal marítimo, o projeto inclui o Complexo Industrial Taniguá, destinado a operações industriais e logísticas que envolverão desde fabricação de equipamentos até centros de distribuição, pátios de contêineres e processamento de alimentos.
A lista de cargas previstas contempla minério de ferro, soja, açúcar e fertilizantes. Inicialmente, apenas o álcool foi autorizado como líquido nas primeiras fases de operação.
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Um dos pilares do projeto é a construção de uma ilha artificial a cerca de três quilômetros da costa. O local conta com calado natural de 17,5 metros, profundidade que permitiria a atracação de embarcações de grande porte atualmente limitadas em portos brasileiros. O acesso entre continente e ilha deve ocorrer por meio de pistas rodoviárias, esteiras e dutos.
Para garantir o escoamento da produção, a LLX, empresa de logística de Eike Batista, aponta a rodovia Pedro Taques como principal via de acesso.
A companhia também busca a reativação da ferrovia Santos-Cajati junto à concessionária ALL, iniciativa que criaria um corredor logístico ligando Baixada Santista, Litoral Sul e Vale do Ribeira.
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Enquanto Peruíbe volta ao centro das atenções, o setor logístico nacional também registra movimentações importantes. A Norsul anunciou mudança em sua diretoria dias após comprar, por R$ 715 milhões, a operação de cabotagem da Hidrovias do Brasil.
Rodrigo Cuesta, funcionário da empresa há 11 anos, assumiu como novo diretor-presidente no momento em que a companhia incorpora contratos estratégicos, incluindo o transporte de bauxita da mina de Porto Trombetas para a refinaria Alunorte, válido até 2034.
Com a transação, a Norsul adiciona 4 milhões de toneladas ao volume anual de cargas, que fechou 2024 com 14,2 milhões de toneladas transportadas.
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